COLUNA

Como Dino trata a oposição

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

A bancada de oposição do Maranhão deu um exemplo de democracia, quando, afirmou a O Estado que lutaria junto a Jair Bolsonaro para que o Maranhão não fosse prejudicado pela campanha virulenta com que o governador Flávio Dino agrediu o presidente eleito. Sua falta de decoro nos comícios que fazia, nos quais comandava e exercia o papel de apresentador de auditório, orquestrando o coro de “Fora, Bolsonaro” e o atingindo com palavras de ódio, não deve se voltar contra o estado.
Fique claro que os recursos que a bancada vai pedir para o Maranhão devem ser fiscalizados e ter sua aplicação acompanhada, a fim de evitar uso político ou favorecimento de aliados do governo, em detrimento daqueles que não dizem amém aos Leões.
O presidente Bolsonaro deve exigir, na aplicação de verbas mandadas para o estado, lisura em sua destinação e que o governador deixe de tratar a oposição de maneira diferente de como tem sido tratado pelo governo federal.
Para muitos que sentiram o peso da foice comunista, apesar de criticar a ditadura, Dino age como ditador. Para os amigos, afagos, verbas e obras. Aos opositores, ataques e punhos cerrados.
O presidente eleito Jair Bolsonaro deve estar atento e vigilante. E a bancada de oposição, não deixe de fiscalizar e denunciar quando houver uso unilateral dos recursos federais. O Maranhão, certamente, agradecerá.

Juvenil
A postura de estudante juvenil de Flávio Dino tem deixado aberto o espaço para novas lideranças da oposição que têm relações com o presidente eleito Jair Bolsonaro.
Na verdade, tem deixado espaço aberto para seus opositores, que olham na postura do governador uma oportunidade de mostrar que o comunista não tem preparo político para governar o estado.
E dizem isto porque Dino decidiu atacar o presidente eleito, quando todos os chefes de Executivos estavam parabenizando Bolsonaro pela vitória.

Preocupação
O ex-ministro do Meio Ambiente Sarney Filho (PV) criticou, ontem, na Câmara dos Deputados, a notícia de que o próximo Governo Federal fará a fusão dos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura.
Sarney Filho lembrou que Bolsonaro havia desistido da proposta às vésperas do primeiro turno das eleições gerais.
No entanto, após eleito, Bolsonaro mudou o discurso, o que, de acordo com Sarney Filho, pode levar o Brasil a não cumprir acordos internacionais já firmados.

Emenda
Depois de meses de discussão, o plenário da Câmara Municipal de São luís aprovou a emenda impositiva.
Foram 26 votos a favor e um contra. Este que foi contra foi de Paulo Victor, o único nome do prefeito Edivaldo Júnior da linha de defesa na Câmara Municipal.
Nem Osmar Filho, Pavão Filho e Raimundo Penha estiveram na sessão, que se configurou como derrota para o prefeito da capital.

Complicado
A votação de ontem no Legislativo Municipal demonstra que Edivaldo Júnior, no fim dos dois anos de seu segundo mandato, não conseguiu consolidar uma base de apoio na Câmara Municipal.
A falta de estratégia e aptidão política - ou por não querer cumprir compromisso - pode levar o pedetista a problemas maiores do que a aprovação da emenda impositiva.
Assim como ocorreu no primeiro mandato, Edivaldo poderá ter dificuldades de aprovar a lei orçamentária de 2019.

Cobranças I
E o futuro presidente da Câmara de São Luís, vereador Osmar Filho, já sabe que enfrentará dificuldades junto aos seus colegas vereadores.
Tudo porque Edivaldo Júnior não costuma cumprir acordos firmados nas eleições de 2016. O pedetista, para irritação dos vereadores, não libera a verba de emendas parlamentares.
Como Osmar foi eleito como o nome defendido por Edivaldo Júnior, a responsabilidade aumenta para o pedetista que se não se voltar para os vereadores, poderá sofrer com muitas cobranças.

Cobranças II
E os aliados de primeira linha do prefeito de São Luís estão no front das cobranças, porque Edivaldo não costuma cumprir os acordos que fechou durante a campanha de 2016.
O prefeito costuma não receber ou conversar com vereadores. Não costuma cumprir o que acertou quando queria renovar seu mandato.
De fato, a aprovação da emenda impositiva configura uma derrota “clássica” ao pedetista que acreditava está em zona de conforto por ter um correligionário como presidente da Casa em 2019.

Disputa
O deputado estadual e federal eleito, Eduardo Braide (PMN), confirmou que poderá disputar a Prefeitura de São Luís em 2020.
Segundo o parlamentar, sua ida a Brasília será de dedicação à população de São Luís e ao povo do Maranhão. No entanto, espera ser lembrado pelos eleitores da capital na eleição em 2020.
Braide vem com um lastro eleitoral em São Luís após sair de 5% dos votos nas pesquisas para mais de 40%, chegando ao segundo turno com Edivaldo Júnior.

DE OLHO
Há quase 4 anos os professores do Estado não recebem aumento salarial. O reajuste concedido foi em 2017 e não para o
salário-base e sim para a gratificação.

E MAIS

• A ex-prefeita Maura Jorge sumiu depois que acabou a eleição para presidente no segundo turno. Ela antes se autointitulava a representante de Bolsonaro no Maranhão. Agora, resolveu se recolher.

• Edivaldo Júnior não conseguiu evitar a aprovação da emenda impositiva. Ele não soube como proceder com o Legislativo.

• Flávio Dino seria o professor excelente para o pedetista, mostrando como deve ser feito. Na Assembleia, por exemplo, por três ocasiões, deputados tentaram avançar com a emenda impositiva, o que foi rapidamente descartado por Dino.

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