Durante os quatro primeiros anos do governo de Flávio Dino (PCdoB), ele culpou os adversários pelos números ruins que sua gestão apresentava. Foi assim na quantidade de desempregados que aumentou. Segundo o comunista, culpa do Governo Federal. A quantidade de miseráveis passando de 400 mil caindo para a extrema pobreza. Este problema também foi culpa do Governo Federal.
Já o caos na Saúde, na Segurança, os problemas de corrupção, a falta de avanços significativos na Educação e os fracos índices sociais, todos estes foram culpa do grupo Sarney. Número de assaltos a ônibus e explosão de bancos? Culpa do governo anterior. Falta de professores? Culpa do governo anterior. Operação da Polícia Federal que por duas vezes atingiu diretamente membros do governo ligados a Secretaria Estadual de Saúde? Culpa do governo anterior.
E para os próximos quatro anos Flávio Dino já encontrou o culpado para o que tiver de ruim em sua gestão. Por meio das redes sociais, o comunista já disse que 2019 deverá ser um ano de recessão e conflitos sociais. Ainda de acordo com Dino, as finanças dos estados e municípios continuarão ou entrarão em colapso.
Ele faz referência ao governo do futuro presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).
O que Flávio Dino já começou a preparar o cenário para dizer que a saúde fiscal do Maranhão vai mal (ele dirá isso somente no próximo ano) e que a culpa não é de seu governo. A culpa será do governo de Bolsonaro.
No entanto, aos mais atentos, basta verificar o Portal da Transparência da gestão comunista para saber que o governo gasta demais. Somente com a folha de pessoal, Dino já investe quase 43% do orçamento sendo que quando assumiu o governo, a folha era de 38%.
Dino não fala dos encargos financeiros que paga com os mais de R$ 1 bilhão de empréstimos contraídos em sua gestão, deixando o estado endividado.
O que falta ao governador é compreender que as finanças do Maranhão dizem respeito a ele, eleito como o gestor do estado. Não cabe reclamar e nem ficar buscando culpados.
Sem confronto
Mesmo se fosse verdade a previsão de Flávio Dino, ele poderia evitar confrontos políticos (e quase pessoais) com o presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Vários dos candidatos eleitos, reeleitos e os que não conseguiram êxito nas urnas, foram às redes sociais parabenizar Bolsonaro.
Já Flávio Dino, agindo como um militante de grêmio estudantil, foi às redes mais uma vez criticar e agredir o presidente eleito. O comunista não se porta como prevê o cargo, mantendo ataques e gritas na internet.
Não pode falar
E não foi só Dino que começou a “militar” desde domingo à noite nas redes sociais. Seus auxiliares estão dedicados a criticar Jair Bolsonaro.
Os comunistas estão mais dedicados a atacar o presidente eleito do que estiveram no segundo turno para eleger o petista Fernando Haddad.
Entre as críticas, a maior diz respeito à liberdade de imprensa. Neste quesito vale a máxima: “Quem és tu lama, para sujar outros nomes?”, já que os comunistas são implacáveis com a imprensa que não reza a sua cartilha, tentando constantemente, via Justiça, censurar jornalistas.
Ajuda
O deputado estadual Adriano Sarney (PV) se reuniu, ontem, com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Maranhão (Sindsep), Cleinaldo Lopes.
O sindicalista foi buscar apoio do parlamentar para evitar a suspensão do direito dos funcionários públicos de receber a readequação salarial de 21,7%.
Uma ação rescisória do governo de Flávio Dino pede, em caráter de urgência, a retirada do direito garantido em decisão do TJ do Maranhão e confirmada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Luta
Adriano Sarney disse que apoia os servidores públicos não somente na questão da readequação salarial de 21,7%.
Segundo ele, na Assembleia, já lutou para preservar os direitos dos aposentados e pensionistas quando Dino começou a usar o dinheiro do fundo de pensão dos servidores.
Ainda de acordo com o deputado do PV, por erros de gestão, Dino vai ter problemas com o pagamento de benefícios a aposentados e pensionista.
Coalizão
Governistas teimam em dizer que ainda não há articulações para a composição do segundo governo de Flávio Dino.
Segundo auxiliares do governador, somente em janeiro é que começarão a tratar sobre equipe de gestão. Ou Flávio Dino não mexerá em nada, deixando tudo como estar, ou fará uma reforma administrativa sem muita expressão.
Só que, na realidade, os aliados já estão sentando para fatiar o governo, afinal foram 15 partidos em sua base de apoio e num governo de coalizão não tem amor. Tem luta por espaços e cargos.
Médicos
O Sindicato dos Médicos do Estado do Maranhão e o Conselho Regional de Medicina (CRM) devem reunir os profissionais da área hoje, às 19h, para discutir, entre outros assuntos, o atraso de pagamentos dos profissionais que prestam serviço para o Estado.
Em entrevista ontem, ao Jornal da Mira, da Mirante FM, o presidente do CRM, Abdon Murad, disse que atrasos de salários acontecem constantemente.
- Vamos ouvir os profissionais sobre o problema e só então deliberar sobre atitudes a tomar - disse Murad.
DE OLHO
R$ 545,5 milhões é o valor arrecadado pelo Governo do Estado somente com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no mês de outubro deste ano.
E MAIS
• O prefeito Lahésio Rodrigues (PSDB) mostrou sua força política em São Pedro dos Crentes ao impor mais uma derrota a Flávio Dino.
• A primeira foi no 1º turno, quando Roseana Sarney teve mais de 75% dos votos válidos no município contra 14,75% de Dino.
• E no segundo turno, o candidato apoiado pelo comunista acabou perdendo na cidade. Jair Bolsonaro, que perdeu em 214 municípios maranhenses, acabou ganhando em São Pedro dos Crentes com 58% dos votos válidos.
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