GEÓRGIA - A Casa Branca convidou formalmente para uma visita a Washington o presidente russo, Vladmir Putin , informou na sexta-feira,27, o conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, retomando uma ideia que fora postergada em julho devido à indignação gerada nos EUA sobre um possível encontro.
O presidente Donald Trump participou neste ano de uma cúpula com Putin em Helsinque, convidando o mandatário russo para uma visita oficial. O encontro, no entanto, foi cancelado depois que Trump foi criticado por ser supostamente muito tolerante com o Kremlin.
"Convidamos o presidente Putin para ir até Washington", disse Bolton em uma entrevista coletiva durante uma visita à Geórgia, dias depois de reunir-se com o presidente russo e funcionários de alto escalão de segurança em Moscou.
Bolton afirmou que na ocasião de sua viagem a Moscou, entregou a Putin um convite formal para uma visita no ano que vem, disse a emissora americana RFE/RL. O conselheiro de Segurança Nacional não deixou claro se Putin aceitou o convite.
O convite anterior gerou duras críticas a Trump, incluindo de alguns membros do Partido Republicano, que argumentaram que o líder russo é um adversário que não merece ser recebido na Casa Branca.
Uma possível visita de Putin a Washington é um assunto delicado, uma vez que agências de inteligência dos EUA asseguram que a Rússia interferiu nas eleições presidenciais de 2016 para ajudar na vitória de Trump. O mandatário americano afirmou que é do interesse dos EUA estabelecer uma sólida relação de trabalho com Putin, no entanto.
Reunião bilateral
Antes da visita a Washington, ambos presidentes planejam realizar uma reunião bilateral em Paris em 11 de novembro para comemorar os 100 anos do fim da Primeira Guerra Mundial — encontro que Bolton assegurou que será breve.
Sobre os possíveis assuntos a serem abordados na reunião, Bolton, disse nesta sexta-feira que os EUA desejam conversar sobre atividades da China. Ele afirmou que os mísseis chineses representam uma ameaça à Rússia, uma vez que o "centro russo" está dentro do alcance desses mísseis.
Sobre o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) - acordo da década de 80 entre Estados Unidos e a então URSS para a eliminação de mísseis - do qual os EUA pretendem sair, Bolton afirmou que se trata de uma "relíquia da Guerra Fria".
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