Artigo

A verdadeira história do fake-news

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

A palavra do ano é fake-news . Não se ouve outra coisa desde que começou a disputa eleitoral. Esta semana foi a vez do candidato do PT tentar impugnar a candidatura do seu adversário, acusando-o de propagar fake-news. Como se todo político, por definição, não fosse um praticante de mentiras para se eleger e o tal do fake-news ao invés de coisa nova na praça não fosse o mesmo que trapaça, mentira e… no mais popular: fofoca.

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO FAKE-NEWS

1.Segundo a Bíblia, a trajetória humana começou em meio a uma fofoca. Uma ardilosa cascavel (mesmo sendo bicho era uma fofoqueira de primeira) um belo dia ofereceu uma maçã a Eva. A troco de quê? O Santo Livro não explica. Talvez de olho em Adão, que andava nu para todo lado exibindo suas grandes e pequenas vergonhas. Por causa disso Deus os expulsou do paraíso. Graças a Deus!, vibraram os três porque agora podiam fofocar à vontade.

E antes do homem, a fofoca teria existido?

Provavelmente sim, em algum outro planeta de alguma distante galáxia. Horas depois do big-bang, a milhões de anos-luz daqui, os religiosos e os cientistas extraterrestres já competiam entre si para vencer a disputa do mais fofoqueiro. Os cientistas acusando a religião de terem livros sagrados fundamentados em fake-news. Os religiosos acusando o big-bang de ter sido o primeiro fake-news científico. “Uma explosão sim, mas de fake-news”.

2.A partir daí a fofoca dominou as ações humanas e traçou o destino e a evolução da humanidade. É incontestável que foi por interesse em fofocar que os homens se distinguiram dos macacos, a ponto de inventarem a linguagem. Ora o que é a linguagem mais do que a mais perfeita criação que alguém poderia inventar para ter acesso à fofoca generalizada?

Não cabe aqui dimensionar a importância da fofoca para o estabelecimento da civilização humana. Da luxuriosa Cleópatra enrolada num tapete, à traição de Brutus; das fofocas que levaram ao fogo mulheres denunciadas como bruxas, às fofocas dos europeus para seduzir e exterminar os indígenas; das fofocas das revistas de TV às do WhatsApp a Terra toda é uma fofoca em contínuo aperfeiçoamento e sem isso o homem não viveria.

3. Até chegar aos tempos atuais, quando fofoca virou fake-news e surgiram as quatro leis fundamentais da mesma:

a) Todo ser humano nasce na fofoca.

O fake-news começa durante a gestação. Surge na fofoca que a própria mãe faz para si mesma: “Este vai ser bonito e rico pra compensar a mãe que nunca prestou pra nada”.

b) Cresce na fofoca.

Depois que nasce dizem: “É a cara do pai!”, para sua desgraça. Não só pelo pai ser horroroso, como por estarem confundindo seu verdadeiro pai com esse daí.

c) Acaba na fofoca.

No último estágio da vida essa sina atinge as raias da perfeição (Morreu de quê? Onde vai ser a missa? Que cemitério?). De todos os fake- news esse é o mais implacável porque desta vez o sujeito nem poderá retrucar que estão inventando.

d) Continua pós-morte...

Os exemplos circulam por aí. De Lampião e Zumbi que depois de mortos viraram gays a Hitler e Nietzsche que depois descobriram que eram broxas, os fake-news não poupam nem os mortos!

José Ewerton Neto

Autor de O entrevistador de lendas

E-mail: ewerton.neto@hotmail.com

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