COLUNA

Sem sentido

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

A nova estratégia dos membros do grupo político do governador Flávio Dino (PCdoB) é tentar atrelar a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) ao grupo da ex-governadora Roseana Sarney (MDB). O deputado eleito, Duarte Júnior (PCdoB), sempre a serviço de Dino, usou as redes sociais para fazer a fraca relação.
É óbvio que não há a ligação entre Bolsonaro e o grupo Sarney. O próprio ex-presidente José Sarney (MDB) se posicionou neutro neste segundo turno.
O que ocorreu é que lideranças do MDB e também de outros partidos de oposição, como o deputado Adriano Sarney (PV) e o senador Roberto Rocha (PSDB), declararam votar no segundo turno no candidato do PSL.
E a situação local é que determinou a posição dos oposicionistas. A equação é simples: a candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad é Manuela D’Ávila, que pertence ao partido de Flávio Dino. Se ganha o petista, Flávio Dino se fortalece no Maranhão.
E para quem é adversário e contra o comunismo estabelecido por Dino no estado, não há nada mais natural do que votar contra o que fortalece o seu adversário político.
O problema é que o governador e seus aliados querem levar até para a disputa presidencial essa dicotomia cansada de Sarney/anti-Sarney, que não deverá mais sustentar o discurso dos comunistas nos próximos quatro anos.

Também alvo
O deputado Antônio Pereira (DEM) também foi alvo da operação da Polícia Federal. Na casa do parlamentar foram feitas busca e apreensão na manhã de ontem. O democrata é apontado como um dos cabeças do esquema.
As duas operações da PF tem relação com o desvio de dinheiro público do sistema de saúde e também com vazamento de informações de investigações da Polícia Federal.
As decisões contra Pereira e os demais acusados da PF foram dadas pelo juiz Régis Bonfim, que responde pela 1ª Vara Criminal Federal no Maranhão.

Campanha
O candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), fará campanha em São Luís neste segundo turno. Ele desembarca na capital para uma caminhada no bairro Anil, no domingo pela manhã.
Este será o primeiro ato - e provavelmente o único - que os aliados do petista colocarão as caras nas ruas para a campanha de segundo turno.
Flávio Dino o máximo que faz por Haddad são postagens em redes socais. Mais para se apresentar nacionalmente do que por defender realmente o presidenciável petista.

Mais um traído
Ao que tudo indica, o prefeito de Tuntum e presidente da Famem, Cleomar Tema (PSB), poderá ser o próximo traído pelo governador Flávio Dino (PCdoB).
Isso porque, ao contrário do que chegou a ser comentado nos bastidores, o comunista não tem feito nenhum esforço para barrar as investidas do PDT para ficar com o comando da entidade municipalista.
Pelo contrário, Dino diz agora que está tentando união no grupo. E a união que o comunista quer é que Tema desista da disputa e entregue a Famem ao PDT.

Quase parando
As sessões na Assembleia Legislativa ainda não voltaram ao normal, apesar do fim do primeiro turno das eleições de 2018 no estado.
Mesmo sem fazer campanha, os parlamentares - em sua maioria - pouco aparecem na Casa, deixando o ritmo pelo Legislativo estadual bem devagar.
Somente a partir do fim de novembro é que os deputados deverão voltar à ativa com mais vigor, até mesmo porque haverá um orçamento para ser votado e, claro, aquelas matérias de iniciativa do Executivo que acabam sendo votadas sem o debate necessário.

Descansando
Para sessões tão vazias, existe uma explicação: os eleitos, reeleitos e os deputados que não conseguiram a reeleição estão descansando da campanha rápida e intensa deste ano.
Os que não conseguiram a reeleição tendem mesmo a fazer corpo mole. Os reeleitos ainda comemoram a vitória e os que deixarão a Casa para ir para Brasília também.
Os deputados somente não podem alegar que não estão comparecendo às sessões devido ao segundo turno, porque pouquíssimo se vê movimentação dos parlamentares por Fernando Haddad ou Bolsonaro.

Críticas
A ex-prefeita Maura Jorge (PSL) não tem poupado críticas ao governador Flávio Dino diante da posição (mesmo fraca) do comunista contra o candidato Jair Bolsonaro.
Maura diz que o governador é covarde ao somente agora mostrar opinião contra o presidenciável.
Segundo ela, com medo de perder os votos de bolsonaristas no primeiro turno, o governador não fez qualquer crítica a Bolsonaro no primeiro turno.

DE OLHO
R$ 779 mil foi o valor recebido por duas empresas que trabalham para o Governo do Estado, mas estavam na campanha de reeleição de Flávio Dino. A Heringer Táxi Aéreos e a Núcleo Arquitetura já receberam milhões do governo e ainda conseguiram atuar na campanha comunista.

E MAIS
• A eleição para a mesa diretora da Assembleia Legislativa segue para ser definida sem grandes problemas. Othelino Neto (PCdoB) deve continuar como presidente da Casa.

• O PDT reivindicou e já até indicou o nome de quem deva ocupar a primeira vice-presidência da Assembleia. O escolhido foi Glalbert Cutrim, deputado reeleito que pouco esteve na Assembleia durante seu primeiro mandato.

• A deputada Eliziane Gama (PPS) não deverá participar do ato político de Fernando Haddad com receio de hostilidade, já que a senadora eleita sempre atuou contra o PT na Câmara Federal.

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