A direção nacional do PDT deixou complicada a relação do partido com o governador Flávio Dino (PCdoB), que comemora até hoje o fato de Eliziane Gama (PPS) e Weverton Rocha (PDT) serem os novos senadores do Maranhão a partir de 2019.
O problema é que na pós-eleição de primeiro turno, as relações - até então próximas do PDT com o PT (pelo menos no nível nacional) - estão demonstrando não estarem tão boas assim.
Carlos Lupi, que comanda o partido nacionalmente, por exemplo, não quer sanar a ferida entre as duas legendas relacionada à sugestão dos pedetistas ao PT de desistir da candidatura de Fernando Haddad para apoiar Ciro Gomes para a Presidência da República. O PT, na verdade, nunca cogitou tal possibilidade. E com tudo isso e por isso, o PDT por história, de fato, deverá seguir tudo o que Lupi decidir.
E nesse contexto, o senador eleito em 2018, Weverton Rocha, deverá seguir os passos do guru, Lupi, e ser oposição a quem for eleito no próximo dia 28.
O fato é que, com a postura inicial dos pedetistas com sustentação da direção nacional, Dino poderá seguir mais quatro anos sem uma bancada no Senado Federal fechada com os interesses comunistas - isto em caso de vitória do PT à Presidência. Weverton deve seguir o seu sustentáculo no PDT, o que é natural - até poque há disputas que podem não deixar PDT e PCdoB tão próximos no Maranhão no futuro.
E isso tem relação com a disputa pela prefeitura de São Luís em 2020 e pelo governo em 2022.
Sem acordo
Além de Weverton Rocha, a outra senadora eleita, Eliziane Gama (PPS), não deve compor a bancada de aliança que o PCdoB nacional deverá seguir.
Isso porque, nacionalmente, o PPS comandado por Roberto Freire, sempre foi oposição ao PT. E o mais provável é que se una a qualquer legenda que siga a linha antipestista.
Com isso, Eliziane Gama não deve pensar muito em voltar à postura de 2015 que foi de condenar o PT como o governo mais corrupto da história do Brasil.
Sem aliados
Toda a conjuntura nacional pode levar Flávio Dino a não ter aliados tão submissos na chamada Câmara Alta em Brasília, já que Roberto Rocha (PSDB) é oposição ao comunista.
Dino teria então em sua biografia política a passagem de “ajudar a eleger” senadores e estes não o acompanharem como membros da base governista.
Mas se tanto Weverton quanto Eliziane caminharem para estradas diferentes de Dino não será surpresa. Na verdade, o comunista foi usado e usou os ainda aliados para a eleição.
Racha de verdade
A disputa PCdoB e PDT deve ser evidenciada no Maranhão em pouco tempo. A previsão é de que o casamento entre os dois partidos não dure até o fim do próximo ano.
O motivo é a Prefeitura de São Luís. O partido de Flávio Dino cogita o atual secretário de Educação do Estado, Felipe Camarão, como o próximo gestor da capital.
No entanto, a intenção do PDT é ter o vereador e deputado federal eleito, Pedro Lucas (PTB), na disputa pela gestão municipal.
Pressão
O presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), prefeito de Tuntum, Cleomar Tema, tem levado pressão de associados da entidade.
Segundo prefeitos, Tema não se dedicou de forma igual a todos os aliados nas eleições deste ano e o resultado foi a vitória da esposa dele, Daniela Tema, para a Assembleia Legislativa.
Para combater as críticas, o prefeito de Tuntum tem investido na divulgação de suas ações à frente da Famem nos últimos meses e assim evitar que surja novo nome para disputar a presidência da entidade.
Reeleição
O atual presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), tem recebido a cada semana novas adesões para sua candidatura à Presidência da Assembleia Legislativa.
Othelino, que assumiu o comando da casa em janeiro de 2018 após o falecimento do deputado Humberto Coutinho, deverá se manter no comando da Casa, sem maiores problemas.
Tanto deputados governistas quanto da oposição têm se posicionado a favor do comunista, alegando ser Othelino um gestor com atitudes equilibradas.
Agora ele fala
O governador Flávio Dino, nos últimos dias, tem agido de forma firme em relação à candidatura do PSL à Presidência do Brasil.
Além de classificar Jair Bolsonaro de medíocre, o comunista agora decidiu atrelar o presidenciável ao governo de Michel Temer.
O que chama atenção nas atuais críticas é que Dino, durante todo o primeiro turno, nunca fez qualquer crítica a Bolsonaro. E tudo por medo de perder os votos dos apoiadores do capitão.
DE OLHO
R$ 11 bilhões é o valor até o momento gasto pelo Governo do Estado em 2018. A previsão orçamentária da gestão comunista é de quase R$ 20 bilhões.
E MAIS
• Enquanto Dino critica Bolsonaro, Maura Jorge - ex-prefeita de Lago da Pedra - tenta mostrar ao presidenciável que vem lutando pela sua vitória no Maranhão.
• Maura Jorge não tem estado à frente da organização de grandes ações a favor de Bolsonaro no Maranhão. As atividades são promovidas pela direção estadual da sigla.
• Opositor ao governo comunista e voto declarado a Bolsonaro, o deputado Adriano Sarney também já declarou apoio a Othelino Neto para que este continue no comando da Assembleia Legislativa.
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