ALERTA

Menores são mais suscetíveis a afogamentos

De acordo com o GBMar, vários fatores contribuem para ocorrências e abordagens

IGOR LINHARES / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
GBMar atua na orla da Grande Ilha
GBMar atua na orla da Grande Ilha (gbmar h 27062015)

Apenas no domingo (14), 180 pessoas em situação de risco foram abordadas pelo Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) na Praia do Araçagi, na Região Metropolitana de São Luís. Segundo o órgão, do total de abordagens, 104 foram direcionadas a crianças, vistas tomando banho no mar, sem a supervisão de um adulto ou perdidas dos pais, devido à intensa movimentação.

O total de abordagens realizadas pelo GBMar representa, principalmente, o descuido dos pais para com os filhos durante o lazer em família. De acordo com o sargento Munilson Ferreira, tal realidade é ponto corriqueiro na orla de São Luís e Região Metropolitana (São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar).
“A gente vem desenvolvendo, desde julho, quando iniciou-se o patrulhamento de férias, ações para evitar que acidentes aconteçam. É muito comum nos depararmos com situações de pessoas em risco, principalmente com relação ao banho de crianças sem a supervisão de um adulto”, pontuou o sargento.

Abordagens do último trimestre
No mês de julho, período de férias, o GBMar abordou 3.911 pessoas, na Grande São Luís, em situação de risco e abuso no que compete às orientações do órgão aos banhistas. Em agosto, foram 400, e no mês passado 800 abordagens preventivas, no intuito de evitar que mais acidentes fatais aconteçam na Praia do Araçagi, como ocorreu no dia 12 de agosto, com dois irmãos.

“É muito importante os banhistas ficarem atento às orientações do Corpo de Bombeiros, assim como é importante que os banhistas procurem os guarda-vidas para se informar sobre as condições do mar, além de obedecer a alguns limites, como o de, em nenhuma hipótese, superestimar a capacidade de nadar. Quanto às crianças, é imprescindível direcionar mais atenção e maior cuidado a elas”, ressaltou Ferreira.

Perigo à vista
A Praia do Araçagi carrega um histórico de acidentes, entre os quais aqueles que fizeram vítimas fatais. Em agosto deste ano, no Dia dos Pais, os irmãos adolescentes, Mauro Gabriel da Silva Pires, de 13 anos, e Felipe da Silva Pires, de 14 anos, foram vítimas fatais de um afogamento na tarde daquele dia. Na ocasião, procurado por O Estado, o GBMar informou pontos determinantes para a fatalidade, como a maré vazante – situação que tende a puxar o banhista que está no mar para mais longe da faixa de areia.

Sobre afogamentos na orla na Grande Ilha O Corpo de Bombeiros Militar (CBMMA) informou em nota:

O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) informa que os serviços de prevenção e salvamento aquático, com a presença de guarda-vidas nas praias de São Luís e São José de Ribamar, são realizados constantemente por meio de rondas a pé, com o uso de quadrículos, viaturas e embarcações.

De 18 de agosto a 18 de setembro, o CBM realizou 1.030 abordagens preventivas, levando informação ao banhista que se encontra em situação de risco ou que apresenta comportamento inseguro no ambiente de praia. No último domingo, 14, foram realizadas 102 abordagens a crianças que se encontravam longe dos pais. Ressalta-se que a maior causa de afogamento de crianças, deve-se à falta de supervisão de pais/responsáveis.

O CBM destaca que a praia é um local de lazer, onde é comum as pessoas tenderem a diminuir a percepção de risco, no entanto, é de fundamental importância os banhistas adotarem as seguintes orientações:

- Se consumir bebidas alcoólicas, NÃO entre no mar;
- Permaneça na água em uma profundidade segura (recomenda-se até a altura do umbigo), uma vez que a orla maranhense possui fortes correntes;
- Dê 100% de atenção às crianças. A supervisão de um adulto pode evitar um grave acidente.

DICAS PARA EVITAR AFOGAMENTO

As regras para evitar o afogamento são padrões, mas o Sargento Munilson Ferreira faz questão de usar um jargão que resume bem o principal alerta que o GBMar objetiva passar: “Água no umbigo, sinal de perigo!”, alertou ele, que disse ser o momento dessa percepção o ideal para o banhista recuar para um lugar mais raso e poder aproveitar do seu instante de lazer com segurança. Contudo, ainda, pontou:

– ficar em uma área rasa e sob a visão de outras pessoas;

– não superestimar a capacidade de nada e ir além do que o físico comporta;

– crianças devem ser supervisionadas;

– em nenhuma hipótese realizar competição de natação ou apneia (suspensão da respiração em baixo d’água);

– evitar consumir bebidas alcoólicas caso pretenda entrar ao mar;

– Identificar, nas proximidades, a existência do salva-vidas e permaneça próximo a ele.

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