Destruição

Indonésia: 1200 escapam da prisão depois de tsunami

Pelo menos 1200 detentos fugiram de três prisões diferentes na Indonésia, aproveitando da confusão gerada pelo terremoto que atingiu a ilha de Célèbes e deixou pelo menos 832 mortos; o anúncio foi feito ontem pelo governo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Terremoto causou grande devastação na Indonésia, segundo anúncio do governo
Terremoto causou grande devastação na Indonésia, segundo anúncio do governo (AFP/Devastação)

INDONÉSIA - Pelo menos 1200 detentos fugiram de três prisões diferentes na Indonésia, aproveitando da confusão gerada pelo terremoto que atingiu a ilha de Célèbes e deixou pelo menos 832 mortos. O anúncio foi feito ontem pelo governo.

Segundo um responsável do Ministério da Justiça, Sri Puguh Utami, os presos fugiram das penintenciárias de Palu, uma das mais atingidas pela catástrofe, e Donggala.

A prisão de Palu foi construída para abrigar 120 pessoas. Depois do tremor ocorrido na sexta-feira,28, seguido de um terremoto, 581 detentos fugiram do local. “Depois do terremoto a água entrou no prédio e os prisioneiros entraram em pânico”, disse Utani.

De acordo com ele o início de inundação não foi provocado pelo tsunami. “Eles fugiram porque se asssustaram com o terremoto”, declarou.

Já a prisão de Donggala foi incendiada pelos próprios prisioneiros, provocando a fuga de 343 pessoas. De acordo com o Ministério da Justiça, os presos estavam preocupados com suas famílias e queriam uma permissão especial para sair.

Diante da demora da autorização, botaram fogo no estabelecimento, que abriga principalmente condenados por tráfico de drogas e corrupção. Uma terceira prisão do país foi atingida, mas as autoridades não deram maiores detalhes.

Balanço

O terremoto deixou pelo menos 844 mortos e 48 mil deslocados, segundo um último balanço divulgado pelo porta-voz da agência de gestão das catástrofes, Sutopo Purwo Nugroho.

Mas esse número ainda pode subir. Falta água, combustível e medicamentos. As redes elétricas e de telecomunicações e falta equipamentos pararam de funcionar para as equipes de resgate procurarem sobreviventes nos escombros.

O governo lançou um apelo à comunidade internacional pedindo ajuda humanitária. Os voluntários começaram nesta segunda a enterrar as vítimas em uma fossa comum. Os corpos estão sendo colocados em locais improvisados. A tragédia é maior do que o tsunami que atingiu a ilha de Lombok, deixando mais de 500 mortos.

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