Editorial

Febre aftosa nunca mais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

Há muito tempo o Brasil vem fazendo o dever de casa em relação ao combate à febre aftosa. Por meio de um programa sólido, o país avançou bastante e hoje pode se dizer que tem um rebanho protegido contra essa doença, que além de prejudicar a saúde de bovinos e bubalinos e também de outros animais, causa enorme impacto na economia.

O fruto desse trabalho de longo prazo e de muitos investimentos por parte do poder público, conscientização do criador em vacinar seus animais e proteger seus animais, resultou que em maio deste ano, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) declarou oficialmente o Brasil como país livre da febre aftosa com vacinação. Hoje, somente o estado de Santa Catarina tem o status de livre da doença sem vacinação.

Depois do reconhecimento do país pela OIE, o próximo passo é ampliar a zona livre de febre aftosa sem vacinação, até maio de 2023, conforme prevê o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA). Para isso é fundamental que governos e criadores continuem levando a questão da aftosa a sério, não vacilem em nenhum momento, estejam sempre alerta.

Na última campanha de vacinação (na verdade a primeira etapa deste ano), realizada em maio, foram imunizados 197,87 milhões de animais no país, atingindo cobertura vacinal de 98,33% do rebanho de bovinos e bubalinos. Nesta fase, o número de animais envolvidos era de 201,2 milhões, de acordo com a Divisão de Febre Aftosa e outras Doenças Vesiculares (Difa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

No Maranhão, segundo os números do Mapa, do total de 7.966.432de animais (bovinos e bubalinos) envolvidos na campanha de maio, foram imunizados 7.785.488, ou seja, uma cobertura de 97,73% em relação à meta.

Desde o encerramento da etapa de maio que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e os serviços veterinários oficiais intensificaram a busca pelos produtores inadimplentes que ainda não vacinaram seus rebanhos, para aumentar a cobertura vacinal.

Agora, no caso dos criadores do Maranhão e de todo o país, a ordem é se programar para a próxima etapa de imunização do rebanho, que acontecerá em novembro, conforme calendário estabelecido pelo ministério.

A previsão é que na segunda etapa da campanha, que na maioria dos estados começará em 1º de novembro, a imunização envolva 100 milhões de animais da faixa etária de até 24 meses, que recebem a dose a cada seis meses.

Então, é fundamental que os criadores que ainda não imunizaram seus animais que o façam, pois além de evitar punições, estarão colaborando para que a febre aftosa não volte a ser um problema para eles e para o Brasil. Pois, não se quer que o vírus, que altamente contagioso, circule pelo país. E qualquer manifestação de sintomas de feridas nos animais, falta de apetite, calafrios, febre e redução da produtividade de leite, deve ser comunicada às autoridades sanitárias.

A iniciativa de cada criador, fazendo a sua parte, e do governo dando o apoio necessário, se constitui como barreira fundamental para manter erradicada a febre aftosa no Brasil.

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