COLUNA

Pesquisa fantasma

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

Depois de criar os aluguéis fantasmas - também conhecidos como “aluguéis camaradas” -, os funcionários fantasmas da Saúde, as estradas fantasmas - como a MA-006, denunciada no Fantástico -, os hospitais fantasmas e as escolas fantasmas, todos devidamente registrados em ações tanto na Justiça comum quanto na Eleitoral, eis que o governo Flávio Dino (PCdoB) acaba de comemorar a pesquisa fantasma.
Trata-se da pesquisa Econométrica, divulgada com estardalhaço no fim de semana, em blogs, TVs e jornais controlados pelo Palácio dos Leões. A pesquisa é simplesmente chancelada pela assinatura de uma pessoa já falecida. A professora Celene Raposo de Aquino, que assina a pesquisa como responsável técnica, morreu bem antes de os comunistas pensarem em fazer o levantamento.
Para ficar mais claro o escândalo: a pesquisa Econométrica foi iniciada no dia 21 de agosto e registrada no dia 26 de agosto, mas quem deveria assiná-la como responsável técnico já havia falecido pelo menos 19 dias antes de a coleta de dados ser iniciada.
A professora Celene tinha 81 anos e, já debilitada, lutava há meses pela vida em uma UTI de hospital. Não poderia sequer acompanhar o desenrolar do levantamento. A pesquisa festejada pelos comunistas que ora ocupam o Palácio dos Leões a expôs de forma cruel. Num desrespeito sem tamanho a ela e à família. Tudo em nome da manutenção do poder.

Tudo errado
Não bastasse a assinatura de uma pessoa já falecida, a pesquisa Econométrica traz outros dados estranhos.
Um dos proprietários da empresa, Jorge Zibicuêta, é funcionário do próprio Governo Flávio Dino, desde 2015, lotado na Casa Civil, chefiada por Marcelo Tavares.
Além disso, o endereço da empresa - em uma casa simples no Maiobão - é diferente de onde está a logomarca, no São Francisco.

Tudo passa
De uma forma ou de outra, a Justiça Eleitoral e a Procuradoria Regional Eleitoral não barram a profusão de pesquisas fake, não apenas no Maranhão.
Na verdade, em todos os aspectos do processo eleitoral a fiscalização fica por conta de candidatos e partidos - e da imprensa -, que revelam os absurdos.
Os órgãos de controle apenas recebem, registram e chancelam levantamentos que chegam aos seus cartórios.

Quatro em um
O grupo do governador Flávio Dino atua com quatro institutos que se entrelaçam nos contratos com o próprio governo comunista.
DataIlha, DataM, Exata e Econométrica já foram numerosas vezes denunciados à Justiça Eleitoral por suspeita de fraudes em levantamentos contratados por agentes do governo.
Alguns deles, como o DataM e o DataIlha, já chegaram, inclusive, a ser banidos das eleições por causa de sucessivos problemas nas suas pesquisas.

Escutec
O Instituto Escutec deve divulgar nesta quarta ou quinta-feira a sua primeira pesquisa eleitoral desde o início da campanha propriamente dita.
A empresa maranhense tem o know how nacional e é tão esperada quanto os números do Ibope, que todos fingem não gostar, mas ninguém fica sem querer saber.
Os números da Escutec - assim como os do Ibope - servem para botar ordem na casa, sobretudo agora, com a descoberta de que até falecidos assinam pesquisas no Maranhão.

Frieza
Lideranças do PSDB no Maranhão têm feito esforço no interior para alavancar o seu candidato a governador, Roberto Rocha (PSDB).
Mas aliados do próprio Rocha reclamam do estilo eminentemente técnico e professoral no desenvolver da campanha e no horário eleitoral.
Alguns tucanos tentam dar um ar mais emocional aos programas, trazendo assuntos mais próximos do cotidiano da maior parte do eleitorado.

IPVA
O deputado Wellington do Curso (PSDB) tem focado seus programas eleitorais na questão da apreensão de veículos com IPVA atrasados.
Ele se baseia tecnicamente em pesquisas que apontam este como um dos principais fatores de desgaste do governo comunista de Flávio Dino.
Tanto que o próprio Dino já entrou na Justiça para tentar impedir o parlamentar de continuar a falar do assunto no rádio, na TV e, sobretudo, nas redes sociais.

DE OLHO

R$ 30 mil Foi quanto custou a pesquisa Econométrica que apresentou Flávio Dino com 60% dos votos e foi assinada por uma responsável técnica já falecida.

E MAIS

• A Escutec deve medir parte do impacto do horário eleitoral em seu levantamento sobre a disputa pelo governo do Maranhão, a ser divulgada entre hoje e amanhã.

• Ainda há muito o que mostrar do governo comunista na TV: aluguéis camaradas, fechamento de UPAs e hospitais, corrupção na saúde, entre outras coisas.

• Em suas entrevistas, Flávio Dino tem debochado do fim dos programas sociais, como Viva Luz, Via Água e Primeiro Emprego, que existiam no governo de Roseana Sarney.

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