Criminalidade

Três homicídios em menos de 24 horas na Grande Ilha

Sargento bombeiro mata vizinho na Ivar Saldanha; mulher é morta por bandidos no lugar dois filhos; assassinato também na Vila do Povo, em P. do Lumiar

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Moradores observam o corpo de Carlos Magno no local do crime, na Ivar Saldanha
Moradores observam o corpo de Carlos Magno no local do crime, na Ivar Saldanha (Assassinato)

SÃO LUÍS - Três assassinatos em menos de 24 horas na Região Metropolitana de São Luís. Segundo a polícia, o sargento do Corpo de Bombeiros Militar, Gederson Raimundo de Araújo Diniz, de 44 anos, é acusado de ter assassinado a tiros o seu vizinho, Carlos Magno Pereira, de 47 anos, que era portador de transtorno mental, e ainda baleou na perna, Paulo Sérgio Pereira, de 52 anos. O fato ocorreu na manhã desta sexta-feira, 31, na rua Doutor Emiliano Macieira, no bairro Ivar Saldanha. As duas vítimas eram irmãs e parentes de um policial militar.

A movimentação foi intensa de policiais militares, civis e moradores no local do crime. O corpo de Carlos Magno ficou em via pública ensanguentado, coberto por uma pano vermelho até ser removido para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, para a autópsia. O clima era de tensão nas residências do acusado e das vítimas.

O delegado Joviano Furtado, titular do 2º Distrito Policial, informou que as vítimas e o acusado, mesmo vizinho, tinham uma rixa há mais de dois anos. Na manhã desta sexta-feira, 31, o sargento Gederson Raimundo compareceu ao 2º Distrito Policial, no João Paulo, para registrar uma ocorrência contra os vizinhos.

O sargento declarou para aos policiais civis que Carlos Magno, Paulo Sérgio e sua irmã, nome não revelado, teriam ligado para o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) denunciando que o veículo do bombeiro estaria sendo utilizado em assaltos na Ilha. Uma guarnição da Polícia Militar, inclusive, foi até o bairro Ivar Saldanha para verificar a informação.

O delegado Joviano Furtado chegou a intimar Carlos Magno e Paulo Sérgio a comparecerem na próxima terça-feira no distrito policial para prestarem esclarecimento sobre esse caso. Os irmãos ao saberem que tinham sido intimados pela polícia foram até a residência do sargento a apedrejaram.

Gederson Raimundo chegou a efetuar vários tiros em via pública, alvejando Carlos Magno na axila do lado esquerdo. Ele morrer no local e o seu irmão, baleado na perna, foi levado pelos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Socorrão I, no centro. “Há informações de que o bombeiro vai se apresentar na delegacia nas próximas horas para ser ouvido”, disse o delegado.

“Há informações de que o bombeiro vai se apresentar na delegacia nas próximas horas para ser ouvido”.Joviano Furtado, delegado do 2º DP

Tiroteio

Já em São José de Ribamar, integrantes de uma facção criminosa promoveram um tiroteio na manhã desta sexta-feira, 31, no bairro do Vieira, naquela cidade, que resultou na morte da filha de um ex-policial civil, identificada como Walquíria de Magalhães da Silva, de 39 anos.

A polícia informou que os dois filhos da vítima estavam na porta de sua residência quando foram abordados pelos criminosos que estavam em uma motocicleta Bros preta. Os faccionados dispararam vários tiros em via pública contra os jovens e uma das balas atingiu o tórax de Walquíria.

Ela ainda foi levado pelos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas chegou sem vida no hospital da cidade. O caso está sendo investigado pela Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP). Até o início da noite desta sexta-feira, 31, não havia registro de identificação dos criminosos.

Arma branca

Outro crime ocorreu na noite de quinta-feira, 30, na Vila do Povo, em Paço do Lumiar. A vítima foi Luís Fernando Leite da Silva, de 39 anos, que de acordo com as informações da polícia, foi morto a golpes de faca por dois homens não identificados.

Luís Fernando morreu no local, enquanto, os suspeitos fugiram em uma motocicleta. O crime está sendo investigado pela delegacia da Polícia Civil da cidade.

Saiba mais

A polícia até esta sexta-feira, 31, não havia conseguido prender os acusados de terem atirado contra o policial militar Monteles, durante uma tentativa de assalto, ocorrida na noite de quinta-feira, no bairro do Bequimão. O militar foi levado para o Hospital Socorrão I, no centro, onde passou por tratamento cirúrgico, mas não corre risco de morte.

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