COLUNA

Deboche comunista

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

É certo dizer que a postura do Tribunal Regional Eleitoral e da Procuradoria Regional Eleitoral tem sido correta nestas eleições maranhenses, com decisões técnicas e fundamentadas no entendimento legal e na interpretação das leis, punindo, em mesma escala, qualquer ator envolvido no processo.
Essa postura já garantiu, por exemplo, várias condenações ao governador Flávio Dino (PCdoB) - inclusive a decretação, em primeira instância, de sua inelegibilidade por oito anos, por decisão da juíza Anelise Reginato - e aos seus principais aliados, como o vice-governador Carlos Brandão (PRB).
Mas é certo também que a onipotência almejada por Flávio Dino durante os quatro anos do seu mandato - que se traduziu no autoritarismo como exerceu o poder contra adversários, contra a imprensa e contra os próprios órgãos de controle - se elevou à enésima potência neste processo eleitoral.
Flávio Dino simplesmente dá de ombros às decisões judiciais contra ele, ignora solenemente as recomendações estabelecidas nas sentenças e debocha do posicionamento de juízes e desembargadores que compõem o Pleno do Tribunal de Justiça.
A postura do governador do estado já foi fruto de diversos comunicados de adversários e até de posicionamentos orais na tribuna do TRE, mas o comunista continua a ignorar os desígnios da Justiça. Condenado ontem mais uma vez, e multado em mais de R$ 5 mil por conduta vedada, ao utilizar redes sociais do governo em proveito pessoal, Dino continuava, mesmo após a decisão, a extrapolar os seus limites legais. Até quando continuará o deboche comunista?

Punido em série
Nenhum outro ocupante do Palácio dos Leões em campanha já teve tantas condenações ou decisões contrárias na Justiça Eleitoral quanto o governador Flávio Dino.
Desde o início da campanha, o comunista já foi punido pelo menos duas dezenas de vezes pela Justiça Eleitoral.
As punições a Dino chamam mais atenção por ser ele um ex-juiz federal, ciente, portanto, dos limites legais que cada cidadão deve ter no exercício de sua cidadania.

Estratégias
A liderança dos candidatos a senador Edison Lobão (MDB) e Sarney Filho (PV) levou os adversários a tentar criar uma agenda de guerrilha na campanha.
Os candidatos governistas Werverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS), por exemplo, exigiram do governador Flávio Dino mais envolvimento em suas campanhas.
Já o candidato do PSDB José Reinaldo Tavares entende que o esperado descolamento da campanha de Roberto Rocha favorecerá seu projeto senatorial.

Para 2020
A eleição de 2018 ainda sequer começou para valer e já tem candidato se movimentando de olho nas eleições de 2020.
Candidatos a deputado estadual, Wellington do Curso (PSDB), Sérgio Frota (PR), Neto Evangelista (DEM) e Fábio Câmara (PSL) já anunciaram interesse na Prefeitura de São Luís.
A eles se juntam a candidata a senadora Eliziane Gama (PPS) e o candidato a deputado federal Eduardo Braide.

Pobreza
A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) mostra em seus livros-balanços de seus mandatos que ajudou a tirar 500 mil maranhenses da linha da pobreza.
E ela lembrou na Sabatina O Estado que durante o governo Flávio Dino 312 mil desses maranhenses entraram na condição de miséria em apenas 3 anos e meio.
De acordo com Roseana, essa perda é resultado direto do fim de programas sociais, como Viva Luz, e de projetos de incentivo à geração de renda, como o Meu Primeiro Emprego, encerrados por Dino.

Réus
Acuado na bancada do Jornal Nacional, o candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) garantiu não haver processo contra o presidente nacional do seu partido, Carlos Lupi.
Mas bastou uma pesquisa rápida nos registros do Supremo Tribunal Federal para encontrar Lupi como réu em pelo menos uma ação penal.
Detalhe: ele aparece ao lado do seu principal pupilo, o deputado federal Weverton Rocha, que concorre ao Senado na chapa de Flávio Dino.

Bolsonaristas
Com o fim da candidatura do coronel Monteiro, simpatizantes de Jair Bolsonaro no Maranhão se dispersaram.
A candidata ao governo Maura Jorge representa o partido de Bolsonaro e espera agregar seus aliados no estado.
Já o médico Alan Garcez, que representa a União da Direita Maranhense, prefere fazer campanha solo.

DE OLHO

130% Foi quanto cresceu o índice de mulheres violentadas nos últimos dez anos, segundo o senador Roberto Rocha, que citou dados do IPEA.

E MAIS

• Candidatos a deputado federal e estadual ligados ao Palácio dos Leões reclamam da atenção redobrada que a campanha dá aos membros do PCdoB.

• Declarado inelegível em decisão de primeira instância, o ex-secretário Márcio Jerry anda reclamando da dificuldade em formar base eleitoral no interior.

• Depois do sucesso do projeto da Sabatina O Estado, o modelo passou a ser replicado em outros órgãos de imprensa no Maranhão.

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