Editoriais

Trump rebate campanha de jornais e acusa imprensa americana

Mais de 350 jornais publicaram editoriais em defesa da liberdade de imprensa; os comentários de Trump acabaram incitando a ameaças contra jornalistas que cobrem política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

WASHINGTON - O presidente americano Donald Trump rebateu a campanha coordenada lançada por jornais dos Estados Unidos ontem e acusou imprensa de publicar mentiras.

Mais de 350 veículos de comunicação publicaram ontem editoriais sobre a importância da liberdade de imprensa. A campanha foi uma resposta a ataques de Trump direcionados à mídia. Ela foi organizada pelo jornal "The Boston Globe" e teve aderência tanto de publicações de peso como o "The New York Times" quanto de jornais menores.

"Não há nada que eu queira mais para o nosso país do que uma real liberdade de imprensa. O fato é que a imprensa é livre para escrever e dizer qualquer coisa que quiser, mas muito do que ela diz é notícia falsa, empurrando uma agenda política ou simplesmente tentando machucar as pessoas. A honestidade vencerá".

Em outro tuíte, Trump afirma: "A imprensa das notícias falsas é o partido de oposição. É muito ruim para o nosso país... mas estamos vencendo!".

Trump costuma usar a expressão "notícias falsas" para se referir a veículos de imprensa que o criticam, acusando-os diversas vezes de publicar mentiras. O presidente também já afirmou que alguns veículos eram "inimigos do povo americano".

Para alguns ativistas dos direitos da mídia, os comentários de Trump acabaram incitando a ameaças contra jornalistas que cobrem política.

O editorial do "The New York Times", que é frequentemente alvo das críticas de Trump, publicado ontem leva o título "Uma imprensa livre precisa de você", todo em letras maiúsculas. O jornal afirma ser correto criticar a imprensa quando o objetivo é apontar algum erro.

"Mas insistir que verdades de que você não gosta são 'fake news' é perigoso para a força vital da democracia. Chamar jornalistas de 'inimigos do povo' é perigoso, e ponto final", diz o editorial do "The New York Times".

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