Imigração

Ministro alemão ameaça fechar fronteiras se não houver acordo

Chanceler Angela Merkel diz que não haverá fechamento ''automático'' das fronteiras, no entanto, ela concordou em proibir entrada de quem já havia sido expulso do país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

ALEMANHA - O ministro alemão do Interior, Horst Seehofer, ameaçou ontem fechar as fronteiras da Alemanha em julho aos imigrantes se não houver um acordo entre os líderes europeus à margem de uma cúpula no final do mês.

Este ultimato foi imediatamente rejeitado pela chanceler Angela Merkel.

"Vamos manter nossa posição, caso não tenha sucesso (a cúpula europeia em Bruxelas), de enviar imediatamente (os imigrantes) de volta para a fronteira", disse o ministro.

Angela Merkel assegurou que não haverá fechamento "automático" das fronteiras da Alemanha para os solicitantes de asilo, mesmo em caso de fracasso no nível europeu.

Mais de um milhão de imigrantes, a maioria fugindo de conflitos no Oriente Médio, entraram na Alemanha desde 2015. Muitos culpam a política de portas abertas de Merkel pelo crescimento do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que atualmente é a maior sigla opositora no Parlamento.

Controles de imigração

Merkel disse em coletiva de imprensa que seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU), chegou a um meio-termo com a sigla aliada da Baviera União Social-Cristã (CSU) para aumentar os controles de imigração do país.

A CSU tinha pedido novas medidas para conter a imigração. A chanceler afirmou que um plano para repelir pessoas nas fronteiras da Alemanha pode desencadear um efeito dominó, mas disse ter concordado com uma demanda da CSU de proibir a entrada de pessoas que já haviam sido expulsas do país.

Esse meio-termo será necessário para buscar acordos antes de uma cúpula da União Europeia no final de junho.

A CSU e a CDU formam uma aliança conservadora de 70 anos, que pode ruir se as duas siglas não resolverem suas diferenças. Neste caso, a coalizão de três meses da chanceler, que também conta com o apoio dos Social Democratas, de centro-esquerda, perderia sua maioria parlamentar.

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