Diálogo

Shinzo Abe viaja aos EUA para encontro com Donald Trump

Premiê japonês e o presidente dos EUA terão segundo encontro hoje, em menos de dois meses. Líder conservador do Japão se mostrou cético com o diálogo com Pyongyang.

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

TÓQUIO - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, partiu ontem aos Estados Unidos para se reunir com o presidente desse país, Donald Trump, com o objetivo de coordenar suas posturas antes da histórica cúpula do dia 12 em Cingapura entre Pyongyang e Washington.

Abe visitará Trump na Casa Branca, hoje, no que será o segundo encontro em menos de dois meses, e posteriormente viajará para o Canadá para participar da cúpula do G7 realizada entre 8 e 9 em Québec, e à qual também assistirá o líder americano, informou o Ministério japonês de Relações Exteriores.

O líder conservador japonês, que se mostrou muito cético com o diálogo com Pyongyang, é partidário de manter a política de "pressão máxima" sobre o regime, enquanto Trump, o principal artífice desta estratégia, baixou o tom frente à Coreia do Norte pela aproximação da cúpula.

Abe aspira que o encontro sirva para que Trump reafirme sua disposição a manter as sanções sobre Pyongyang até que dê passos concretos para uma desnuclearização verificável, completa e irreversível, segundo fontes governamentais disseram à agência "Kyodo".

'Estreita comunicação'

Em declarações aos veículos de imprensa antes de partir, o primeiro-ministro disse que mantém uma "estreita comunicação" com Trump perante a histórica cúpula e que ambos compartilham "uma mesma postura" que passa por "exigir da Coreia do Norte sua desnuclearização".

Além disso, Abe quer incluir na agenda da cúpula o assunto dos japoneses sequestrados pelo regime há décadas, cuja resolução constitui uma das maiores prioridades políticas para sua administração e o principal empecilho para a normalização das relações Tóquio-Pyongyang.

Protagonismo

Abe trata assim de assumir um maior protagonismo no diálogo com Pyongyang impulsionado pelo presidente sul-coreano, Moon Jae-in, depois que o Japão ficou fora deste processo apesar de ser um dos mais estreitos aliados de Washington na região Ásia-pacífico.

Na mesma linha, o Governo nipônico tratará de que na cúpula do G7 seja aprovada uma declaração conjunta chamando à completa desnuclearização da Coreia do Norte, anunciaram na véspera fontes do Executivo japonês.

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