CARACAS - A Venezuela alegou ser vítima de um "linchamento político e financeiro" dos Estados Unidos, inspirado nos postulados racistas da Ku Klux Klan (KKK), depois que o país reforçou na segunda-feira,21, suas sanções em retaliação à reeleição do presidente Nicolás Maduro.
"Alertamos a comunidade internacional sobre a ameaça à paz mundial que representa o regime supremacista, racista e intervencionista que governa em Washington, inspirado nos postulados nefastos do (movimento de extrema-direita) Ku Klux Klan", declarou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.
O governo de Donald Trump "promove o ódio, a intolerância e o linchamento político e financeiro" contra a Venezuela, acrescenta o texto.
O governo de Maduro acusou a Casa Branca de intensificar um "criminoso bloqueio financeiro e econômico", que qualifica como um "crime contra a humanidade", porque impede o "acesso a bens essenciais".
"Instrumentaliza as necessidades do povo venezuelano como arma política para atacar a institucionalidade (...) e, assim, promover a derrubada" de Maduro, acrescentou o Ministério das Relações Exteriores.
Sanções dos EUA
Cumprindo sua ameaça de não ficar de braços cruzados se Maduro fosse reeleito, os Estados Unidos limitaram nesta segunda a venda de títulos- incluindo as contas a receber - e ativos públicos venezuelanos em seu território.
Maduro foi reeleito na Venezuela com 67,7% dos votos em uma eleição com um dos índices participação mais baixos da história venezuelana: 46% do eleitorado e um total de 8,6 milhões de votos. Washington considerou as eleições de domingo uma "farsa".
As medidas anunciadas na segunda,21, se somam à proibição imposta de negociar títulos da dívida da Venezuela e de sua petrolífera PDVSA e a sanções contra cerca de 60 líderes, inclusive Maduro, a quem os EUA chamam de "ditador".
Os venezuelanos sofrem uma aguda crise socioeconômica, com hiperinflação - projetada em 13.800% para 2018 pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) - e escassez de alimentos e remédios.
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