Lula

Leonardo Boff reafirma que Lula continua “candidatíssimo” a presidente

Teólogo visitou o ex-presidente por meia hora na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, após autorização da Justiça para que ele receba assistência espiritual

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Leonardo Boff conseguiu visitar Lula
Leonardo Boff conseguiu visitar Lula (Leonardo Boff)

Após conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, o teólogo Leonardo Boff afirmou que Lula pediu para que passasse o recado de que continua "candidatíssimo". Boff tentou visitar o ex-presidente em 19 de abril, mas o pedido foi negado.

"Diga aos jornalistas que sou candidatíssimo", disse o ex-presidente a Boff, que é amigo pessoal de longa data do petista e se reuniu com ele por meia hora na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

Se ganhar, vou não só repetir as aquelas políticas sociais que fiz, mas fazer com que sejam políticas de Estado, que entrem no Orçamento, que sejam o centro do poder econômico e político seja orientado para aqueles que sempre foram excluídos".

Na semana passada, Lula foi autorizado a receber "assistência espiritual" às segundas-feiras, além de visitas de dois "amigos" às quintas. Em 19 de abril, Boff tentou visitar o ex-presidente, mas foi impedido.

Após o encontro, Boff disse que Lula está "muito bem" e com entusiasmo para se manter na luta. Para ele, o ex-presidente "tem uma indignação justa, de quem sofre por causa de falsificações, distorções e mentiras com o objetivo de liquidar a candidatura dele e enfraquecer o mais possível o PT".

MP tenta impedir depoimento de amigo de Lula

O Ministério Público Federal requereu "contradita por amizade íntima" ao juiz federal Sérgio Moro no início do depoimento do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, na ação do sítio Santa Bárbara, de Atibaia, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A contradita é um meio pelo qual se alega a suspeição ou inidoneidade da testemunha por causa de eventual parcialidade por parte do depoente.

Moro solicitou que o pedido fosse registrado, mas ponderou que no entender do juízo a contradita "não impede a tomada do compromisso da testemunha". Na prática, a decisão de Moro abriu caminho para o depoimento de Okamotto.

Lula nega ser o dono do sítio Santa Bárbara.

Okamotto depôs a Moro nesta segunda-feira, 7. Arrolado como testemunha de defesa na ação, Okamotto afirmou que Lula chegou a ter a intenção de comprar o sítio de Atibaia. Ele disse que parte do acervo presidencial do petista após o término de seu mandato ficaria no imóvel.

Ele foi questionado sobre um almoço em 2015, no Instituto Lula, no qual teria sido discutida a aquisição do sítio.

"Teve um almoço. Lula, Kalil, Fernando, não sei se o Fábio também. Esse tema tinha sido tratado. O presidente Lula, já há algum tempo, achava que tinha que comprar o sítio como presente para dona Marisa. Ele tinha um pouco de dúvida, mas tinha essa impressão", afirmou.

O caso do sítio representa a terceira denúncia contra Lula no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo a acusação, a Odebrecht, a OAS e também a empreiteira Schahin, com o pecuarista José Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhão em obras de melhorias na propriedade em troca de contratos com a Petrobras.

A denúncia inclui ao todo 13 acusados, entre eles executivos da empreiteira e aliados do ex-presidente, até seu compadre, o advogado Roberto Teixeira.

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