Outras igrejas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

Apesar de o foco estar sendo todo na Assembleia de Deus – que tem a maior parte dos indicados e está mais na linha de frente do debate político – o excesso de capelães promovidos pelo governador Flávio Dino (PCdoB) no sistema de Segurança envolve outras denominações evangélicas, e a igreja católica.
Denominações como a Igreja Batista do Angelim, de cunho pentecostal, e a Prebisteriana, do ramo das igrejas históricas, também indicaram capelães religiosos a Flávio Dino.
De todas as denominações religiosas mais tradicionais, não se tem conhecimento apenas de membros da Igreja Batista indicado para compor o quadro de “conselheiros espirituais” nas forças policiais durante o governo comunista. Aliás, é da Batista que vem a única manifestação oficial contra o que ficou convencionado na imprensa como “farra dos capelães”.
O presidente da Ordem dos Pastores Batista (OPB), pastor Elizeu Fernandes, manifestou-se publicamente contra a indicação de capelães sem concurso público e criticou duramente o excesso promovido por Flávio Dino. “Essa prática vem trazendo prejuízos à imagem dos evangélicos, porque se entende como uma mistura das práticas religiosas com a política”, disse o reverendo Fernandes. No foco do debate sobre o tema, as lideranças da Assembleia de Deus não se posicionaram.

Capelania
Soa como pura falta do que dizer a tentativa do governo comunista de acusar aqueles que questionam a nomeação excessiva de capelães de estarem agindo contra os evangélicos.
Em primeiro lugar, líderes religiosos que agem de forma questionável, por interesses pessoais e políticos, não podem ser apontados como representantes da massa evangélica. Logo, questioná-los, em absoluto refere-se à essência do segmento religioso ou da denominação a qual pertencem.
Segundo: em nenhum momento a imprensa livre ou membros da oposição agiram contra os evangélicos, pelo contrário. Agiram em favor da capelania séria e da premissa moral de que representantes religiosos devem estar isentos da manipulação política.

No quadro
O Clube de Oficiais da Polícia Militar, o Clube de Sargentos e a Associação de Cabos e Soldados garantem haver numerosos pastores concursados em seus quadros.
Para essas associações, se o governo estivesse mesmo preocupado com a assistência espiritual dos seus militares, bastaria usar esses concursados na capelania.
Com a vantagem de que todos eles – dos praças aos oficiais – teriam a garantia da formação militar acadêmica específica.

Ministério Público
A Procuradoria-Geral de Justiça recebeu quinta-feira, 3, uma nova ação contra o excesso de nomeações de capelães no sistema de Segurança.
Autora da ação, a deputada Andrea Murad cobra pessoalmente do chefe do Ministério Público Estadual, Luiz Gonzaga Martins Coelho.
Para a parlamentar, o procurador-geral deve seguir o exemplo dos seus colegas do MPE e do MPF, que acionaram imediatamente o governo comunista.

Mais antigo
Há um equívoco nas informações sobre a nomeação do pastor Misael Mendes da Rocha como capelão da Polícia Militar.
Pastor da Assembleia de Deus, Rocha foi nomeado capelão ainda em 1993, no governo Lobão, no posto de capitão.
O que houve em 2009, durante o governo Jackson Lago (PDT), foi sua promoção ao posto de major, depois sucedida pela de tenente-coronel e coronel, já no governo Flávio Dino.

Entre os crentes
Pré-candidata ao Governo do Estado, a ex-prefeita Maura Jorge (PSL) tem se especializado em buscar apoios de importantes figuras do segmento evangélico nacional.
Candidata do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) - que não é evangélico -, ela conseguiu declarações de ninguém menos que o também deputado Marco Feliciano.
E acaba de receber declarações do cantor gospel – e também ex-deputado – Mattos Nascimento.

Para agradar
Quase sempre perdida em suas ações para agradar o governador Flávio Dino, a deputada federal Eliziane Gama meteu os pés pelas mãos novamente no caso dos capelães.
Ela tenta justificar com proselitismo religioso – levantando argumentos de perseguição – a nomeação sem concurso de seus próprios indicados políticos para o posto.
Por estas e por outras, a parlamentar vem perdendo credibilidade desde as eleições de 2016, quando começou como líder nas pesquisas e acabou em quarto lugar.

DE OLHO

R$ 3,5 bilhões Foi o que herdou a mais Flávio Dino nos seus três anos de governo e, mesmo assim, aumentou a miséria no Maranhão, símbolo do seu fracasso

E MAIS

• O vereador Pavão Filho (PDT) tentou ampliar a festa de capelães também para a Guarda Municipal, invocando os mesmos argumentos do governo comunista.

• A Secretaria Municipal de Meio Ambiente quadruplicou a taxa de licenciamento de eventos em bares e casas noturnas, inviabilizando uma das atividades econômicas de São Luís.

• Articulador do excesso de capelães, o pastor Porto mente ao dizer que isso ocorreu em todos os governos desde 1990.

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