Eleições 2018

Diretório nacional do PT formaliza candidatura de Lula a presidente

Mesmo com a condenação e prisão do ex-presidente, direção nacional se reuniu e decidiu que Lula é o candidato do partido à Presidência da República em 2018 e que iniciará uma pré-campanha

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Presidida por Gleisi Hoffmann, direção nacional do PT fechou questão sobre candidatura de Lula em 2018
Presidida por Gleisi Hoffmann, direção nacional do PT fechou questão sobre candidatura de Lula em 2018 (gleisi)

São Paulo - O diretório nacional do PT decidiu ontem, em Curitiba, formalizar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência e dar início à pré-campanha eleitoral mesmo com o petista preso. De acordo com o PT, que considera a condenação e prisão do ex-presidente injustas, "a liberdade de Lula tornou-se questão central para a retomada do processo democrático no Brasil".
Na resolução aprovada ontem, o PT reafirma que Lula é a única alternativa do partido para a disputa presidencial e pela primeira vez determina de maneira formal providências para o registro da candidatura do líder maior do partido.
Entre as providências aprovadas pela cúpula do PT estão: "Convocar para 28 de julho o Encontro Nacional do PT, que indicará formalmente Lula candidato a presidente; registrar a candidatura na Justiça Eleitoral em 15 de agosto, conforme determina a legislação; apresentar ao país, nas próximas semanas, as diretrizes do programa de governo Lula".
Os petistas querem também deflagrar a pré-campanha Lula presidente com ações de comunicação nas ruas, nas redes sociais e na imprensa. A ideia é articular a pré-campanha de Lula com os lançamento das chapas estaduais, para governador, senadores, deputados estaduais e federais.
Por outro lado, o PT também decidiu reforçar os laços com os demais partidos de esquerda por meio da Frente Nacional em Defesa da Democracia, dos Direitos e da Soberania, que inclui PSOL, PDT, PSB e PCdoB, além de movimentos sociais e figuras do meio artístico e intelectual, com o objetivo de se contrapor ao avanço da extrema direita e da violência política exemplificada, segundo o PT, pelo assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco e o ataque a tiros à caravana de Lula no Paraná.
O PT lembra que Lula continua liderando as pesquisas eleitorais mesmo preso. Mais cedo, a direção petista recebeu uma carta do ex-presidente, na qual ele se diz feliz com o resultado das pesquisas e questiona aliados que defendem uma atitude mais discreta do petista até que o Supremo Tribunal Federal julgue a ação que contesta a prisão em segunda instância impetrada pelo PCdoB. "A Suprema Corte não tem que me absolver porque vou ficar bonzinho. Tem que votar porque sou inocente", diz o ex-presidente.

Fachin enviou para julgamento mais um recurso do ex-presidente Lula

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou para julgamento no plenário virtual da Segunda Turma da Corte o recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), contra decisão do próprio ministro na reclamação feita ao STF um dia antes da prisão do petista. Lula cumpre pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba desde o dia 7 de abril.
O plenário Virtual permite que os ministros votem de forma eletrônica nos processos. Ele funciona 24 horas por dia e os ministros podem acessá-lo de forma remota. Na última sexta-feira, 20, a defesa pediu prioridade no julgamento do caso. No recurso, os advogados alegam que a prisão de Lula é ilegal porque o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) ainda precisa decidir sobre a admissão dos recursos extraordinários no caso do triplex do Guarujá.

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