Uma fortuna

Só em mísseis, EUA gastaram ao US$ 119 milhões no ataque a Síria

As forças dos EUA dispararam 66 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra três alvos sírios, totalizando US$ 92,4 milhões apenas nessas armas; a Força Aérea dos EUA usou dois B-1B Lancers, um dos bombardeiros estratégicos supersônicos mais avançados no mundo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Forças dos EUA dispararam 66 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra três alvos sírios
Forças dos EUA dispararam 66 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra três alvos sírios (Forças dos EUA dispararam 66 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra três alvos sírios)

WASHINGTON - Os ataques dos EUA a instalações de armas químicas da Síria na noite de sexta-feira/madrugada de sábado ( 13/14) custaram uma fortuna aos contribuintes do país. Embora a conta final não esteja clara, estimativas podem levar o valor de pelo menos US$ 119 milhões — só com mísseis — a até um total bem maior. Os parceiros americanos nos ataques, Reino Unido e França, também podem ter gastado no mínimo dezenas de milhões.

As forças dos EUA dispararam 66 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra três alvos sírios, totalizando US$ 92,4 milhões apenas nessas armas. Com custo estimado pelo Pentágono de US$ 1,4 milhão cada, o projétil da fabricante Raytheon tem longo alcance e pode ser disparado de navios e submarinos da Marinha.

Desde que entraram no arsenal da Marinha americana, nos anos 1980, os Tomahawks já foram usados mais de 2.300 vezes.

"É a arma que os presidentes primeiro buscam numa crise", afirmou, citado pela CNBC, o especialista em Defesa Thomas Karako, diretor do Projeto de Defesa com Mísseis do Centro para Estudos Internacionais e Estratégicos.

No ano passado, o governo americano lançou contra a base aérea síria de Shayrat 59 Tomahawks a partir dos destróieres USS Porter e USS Ross, no Mediterrâneo Oriental. O bombardeio foi ordenado pelo presidente Donald Trump como uma resposta direta ao ataque químico em Khan Sheikhun, três dias antes, que deixou pelo menos 80 mortos.

Forças do regime

Neste primeiro ataque militar unilateral do país para atingir intencionalmente as forças do regime de Bashar al-Assad durante a guerra civil, o custo estimado só dos Tomahawks foi de mais de US$ 82 milhões, sem contar o custo logístico.

Já o míssil de alcance estendido ar-terra da Lockheed Martin, o JASSM-ER, fez sua estreia em combate nos ataques à Síria da última sexta-feira. O projétil também tem custo estimado de US$ 1,4 milhão cada. Neste caso, o preço dos 19 mísseis que os EUA dispararam é de US$ 26,6 milhões.

Somados, então, os Tomahawks e JASSM-ERs usados na sexta-feira custaram pelo menos US$ 119 milhões. Mas isto não leva em conta os vários custos logísticos como transporte, combustível — tudo previsto no Orçamento custeado pelos contribuintes. Para isto, são necessárias aeronaves de reabastecimento aéreo, aviões de vigilância e caças para escoltar os bombardeiros até seus alvos.

Além disso, a Força Aérea dos EUA usou dois B-1B Lancers, um dos bombardeiros estratégicos supersônicos tecnologicamente mais avançados no mundo. Estima-se um custo operacional de aproximadamente US$ 70 mil por hora de voo. A rede CNBC, que fez um levantamento, não soube estimar por quanto tempo eles voaram (a partir do Qatar).

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