Estado Maior

Campanha agressiva

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

Por mais que tente afirmar que a eleição “será tranquila” e que não se importa com os adversários, o governador Flávio Dino (PCdoB) dá mostras a cada dia que se incomoda, de fato, com a candidatura da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) a quem vê - embora negue e os demais adversários se irritem - como principal oponente no processo eleitoral que ora se inicia.
A mídia alinhada ao Palácio dos Leões, blogs, jornais, emissoras de rádios fazem uma espécie de campanha antecipada contra Roseana, com ataques diários e ações de desconstrução da imagem, sobretudo no interior, onde a fiscalização eleitoral é menos efetiva - embora ela pareça invisível também na capital maranhense.
Em 2014, Flávio Dino aparelhou sindicatos, associações e partidos com militantes comunistas de todo o país. Este grupo, que veio bancado com recursos garantidos pelo PCdoB nacional - a Operação Lava Jato revelou que estava sendo financiado pelas quadrilhas que comandavam os principais postos no governo petista -, está sendo recrutado novamente agora, com a mesma missão de quatro anos atrás.
O curioso é que muitos desses “dinistas” importados e remunerados ainda estão no Maranhão, muitos empregados na máquina comunista ou com empresas que prestam serviços ao governo e seus satélites. E são eles que focam exatamente em Roseana. Sinal de que a campanha será tão agressiva quanto a de 2014.

Primeira mulher
Não é coincidência que a caravana da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) pela região do Pindaré se inicie exatamente no Dia Internacional da Mulher.
Roseana vai se reapresentar ao eleitorado de Santa Inês e região lembrando ter sido a primeira mulher a governar um estado no Brasil.
Às lideranças e aliados políticos, a ex-governadora vai mostrar a destruição da economia maranhense ao longo dos quatro anos de mandato comunista no estado.

Com o “atraso”
No mesmo dia em que Roseana inicia sua pré-campanha no interior maranhense, o governador Flávio Dino tenta gerar um fato político.
Ele está orientando um grupo de aliados a aproveitar a convenção nacional do DEM para se filiar à legenda, tornando-a uma espécie de apêndice do PCdoB no Maranhão.
E o comunista faz isso interessado apenas no tempo de propaganda do DEM, que ele e seu lugar-tenente Márcio Jerry consideram “símbolo do atraso e da corrupção”.

Pré-campanha
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV), já confirmou ao governo que deixará a pasta no dia 31 de março.
A partir daí, deverá tirar licença da Câmara Federal para iniciar a pré-campanha ao Senado, mantendo o suplente Davi Alves Filho (PR) no exercício do mandato.
Na mesma época em que deixar o ministério com vistas às eleições de outubro, Sarney Filho anunciará, também, por qual partido concorrerá ao Senado.

Para outro lado
Os líderes do PP e do PR maranhenses tentam se articular em Brasília para manter a relação que negociaram com o governo Flávio Dino.
O problema é que as duas legendas nem cogitam estar alinhadas ao projeto de esquerda no país nas eleições de outubro.
Neste caso, até o dia 7 de abril os deputados Andre Fufuca (PP) e Josimar de Maranhãozinho (PR) podem, inclusive, ser convidados a deixar suas respectivas legendas.

DE OLHO
R$ 597,00

É a soma da renda familiar no Maranhão, desde que o governo Dino assumiu, segundo o IBGE

Cadê eles?
O secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, ainda precisa esclarecer pontos fundamentais do caso envolvendo a quadrilha de contrabando no Maranhão.
Em suas entrevistas logo que estourou o caso, ele chegou a afirmar o envolvimento de dois deputados estaduais e um secretário do seu próprio governo no crime.
Para quem levou à cadeia quatro oficiais da PM e um dos chefes da Segurança no estado, Portela parece ter recuado com as questões políticas que envolvem o caso.

“Show”
Na presença de jornalistas, a chegada do tenente-coronel Antônio Eriverton Nunes, ontem, a São Luís beirou uma cena midiática.
Preso sob suspeita de envolvimento no caso da quadrilha de contrabandistas, ele chegou de helicóptero, devidamente escoltado por dois policiais.
Ainda assim, foi recebido por mais policias, fortemente armados, seja para prevenir qualquer tentativa de fuga ou para causar impacto diante de jornalistas que registravam a chegada do suspeito.

E MAIS

• O caso envolvendo o Cabo Campos acabou por abafar mais uma confissão de crime eleitoral do também deputado Levi Pontes, já encaminhado ao Conselho de Ética da Assembleia.

• O secretário Jefferson Portela tem insinuado que o colega de partido, Raimundo Cutrim, tem muitos motivos para querer anular a operação contra quadrilha de contrabandistas.

• O deputado Josimar de Maranhãozinho tenta negociar em Brasília para não perder o controle do PR no Maranhão, que já havia entregue ao governo Flávio Dino.

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