Pleito

Eleição presidencial na Venezuela está marcada para 22 de abril

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

Legenda/Reuters

O presidente Nicolás Maduro concorre à reeleição nas eleições da Venezuela

CARACAS - A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Tibisay Lucena, anunciou ontem que as eleições presidenciais serão realizadas em 22 de abril, horas depois do fracasso da negociação do regime de Nicolás Maduro com a oposição.

O pleito, que era previsto para ocorrer no segundo semestre, não será reconhecido pelos EUA, a União Europeia e os países da América Latina com governos críticos ao chavismo devido às condições de disputa.

A data era a mesma que havia sido consenso entre os representantes do regime e da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) nas negociações na República Dominicana —o chavismo queria realizá-la em 8 de março e a oposição, em 10 de junho.

Também condiz com o determinado pelo decreto da Assembleia Constituinte, convocada por Maduro e dominada por seus aliados, de que os venezuelanos iriam às urnas até o final de abril.

Desde então, o regime definiu a candidatura à reeleição de Maduro e começou a campanha eleitoral mesmo sem convocação oficial pelo CNE. Já a participação da oposição, que condenou a decisão da Casa chavista, é incerta.

Com o fracasso das negociações, a MUD não conseguiu ver atendidas suas reivindicações pela troca da diretoria do órgão eleitoral (quatro de seus cinco membros são militantes chavistas), a permissão de observação internacional independente e a reversão da cassação de dirigentes e partidos políticos.

Inelegível

A maior parte de seus líderes está presa, inelegível ou sujeita a processo pela Assembleia Constituinte por terem convocado manifestações contra Maduro entre abril e julho de 2017. Entre eles, o dirigente preso Leopoldo López, o ex-presidenciável Henrique Capriles e o deputado Julio Borges.

Os antichavistas ainda não poderão concorrer como coalizão depois que a Justiça impediu a postulação da MUD como frente. E o CNE cassou os registros das duas das três maiores siglas opositoras, a Primeiro Justiça (centro-direita) e a Vontade Popular (direita).

Diante deste cenário, parte da oposição avalia não concorrer e outra a se candidatar conforme as regras do regime. A coalizão está divididadesde a instalação da Constituinte, em agosto, o que se aprofundou após as vitórias chavistas nas eleições estaduais, em outubro, e municipais, em dezembro.

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