Em busca de milagres

A cura pela fé: superação e gratidão a partir da crença

Enquanto alguns “viram as costas” para quem lhes concedeu alguma graça, outras pessoas ficam eternamente gratas e se submetem às mais distintas situações para expressar sua gratidão, como romarias, missas e orações

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

SÃO LUÍS - Não basta acreditar em Deus. O homem, além desta crença e ao longo dos anos, se debruçou sobre a dúvida que paira na mente da humanidade: qual o poder da fé para a consolidação de curas e milagres? E ainda: qual a relação entre fé e cura e como ela auxilia na busca pelo verdadeiro Deus? O Estado procurou possíveis respostas a estas indagações em diferentes segmentos religiosos (catolicismo, evangelismo e espiritismo) e em histórias de vida e constatou que os pensamentos, em geral, divergem na fundamentação, mas concordam, no fim, que o “crer” pode proporcionar qualquer dádiva (ou milagre, dependendo da religião a que se refira), incluindo o livramento de doenças.

Todas as vezes em que o ser humano se depara com algum problema de difícil superação, recorre aos pedidos a um ser supremo. A forma de se alcançar esta dádiva costuma variar, dependendo das dificuldades do problema. Enquanto alguns “viram as costas” para quem concede graça e bênção, outras pessoas ficam eternamente gratas e se submetem aos mais distintos hábitos para expressar seu agradecimento.

O maior exemplo disso é visto no catolicismo. Em missas e procissões, é possível ver pessoas que explicitam suas bênçãos e curas, seja um tratamento de saúde bem-sucedido ou a superação de um problema considerado incorrigível. O Estado ouviu, nos últimos dias, histórias de superação e gratidão em distintas religiões e como cada pessoa agradece ou externa suas alegrias por bênçãos recebidas.

A dona de casa Valdenice Aranha é um exemplo de renascimento espiritual. Ela nasceu na capital, em uma família predominantemente católica. Ao viver uma adolescência marcada por revolta e desrespeito aos familiares, se viu em um dilema: ou se entregar à depressão ou aceitar Deus. Ela escolheu a segunda opção. Atualmente, vive literalmente uma nova vida. “Eu quase morri, fui ao fundo do poço e, por causa da misericórdia de Deus, eu consegui uma enorme reviravolta em minha vida”, disse, em lágrimas. Devido à superação, ela comparece semanalmente, e sozinha, à missa no Angelim.


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Outro exemplo é da também dona de casa Rose Castelo Branco, que encontrou abrigo em São Luís, após fugir de Teresina, e de seu ex-marido, que a ameaçou de morte. “Quando ele apontou a arma para mim, dizendo que iria me matar, eu pensei que era o fim. Graças a Deus não era. Hoje eu sou uma pessoa que não tenho mais medo de outras, como tinha após este episódio”, disse. Ela também frequenta semanalmente igrejas da capital.

Temente a Deus
Todos os dias, a aposentada Leocádia Pereira de Sá expressa, em áudios de WhatsApp encaminhados para o grupo da rede social de sua família, sua gratidão a Deus. Evangélica por opção, ela – que está em tratamento de leucemia – emociona a todos pela crença de que, um dia, terá a sua cura. “Eu sou uma pessoa muito privilegiada, pois acordo todos os dias com saúde por causa do meu Deus”, disse.

Ela contou ainda que, mesmo com dificuldades de locomoção, vai a todos os cultos da igreja Assembleia de Deus, em São Luís (na região central da cidade). “Eu vou à igreja para agradecer por minha saúde com a mesma disposição de quando era mais nova”, afirmou confiando na cura, aos 72 anos.

Força espiritual
Além de representante do espiritismo, o integrante do Centro Espírita Yvonne Pereira, Luiz Henrique Jansen é mais um exemplo de superação. Ele encontrou na força da alma o prazer em viver. “Nós cremos que os espíritos desencarnados é que fazem o processo de cura e libertação das pessoas, que dão razão de vida para elas. Foi o que aconteceu comigo”, disse.

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