Miséria e má-fé

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

O princípio republicano está intimamente ligado à transparência, que deve nortear os agentes políticos. Nesse sentido, o respeitado ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, dizia que “nas coisas públicas o melhor desinfetante é a luz do sol”.
Era assim, pois, que o governador comunista Flávio Dino deveria se comportar e reagir, sobretudo na adversidade. Querer culpar outra pessoa pelo aumento da miséria do povo maranhense nos anos de 2015, 2016 e 2017, segundo o IBGE, quando apenas ele era o governador do Estado, é faltar com a transparência, para dizer o mínimo.
A propósito, Sartre já ensinava que culpar terceiros pelos seus próprios atos é exemplo clássico de má-fé. E é isso que Flávio Dino - incapaz de reconhecer o seu erro e de que a sua principal promessa de campanha não foi cumprida - está tentando fazer.
Esse infeliz aumento da miséria do povo maranhense que surgiu sob o comando exclusivo do comunista maranhense, entre os pontos negativos, traz, inclusive, a revelação de que, uma vez por todas, a propagada mudança comunista não passou de uma plataforma de campanha com fins eleitoreiros.
Lamentável, como sempre!

Desemprego
O Produto Interno Bruto do Maranhão caiu 8% no governo Flávio Dino, segundo levantamento do IBGE.
Isso representa o fechamento de pelo menos 15 mil postos de trabalho no estado.
Pior: a este total soma-se os 312 mil miseráveis gerados no período de governo comunista no Maranhão.

Salvo conduto
A decisão do deputado federal Pedro Fernandes de entregar a vice-liderança do governo Michel Temer na Câmara pareceu um ato de desespero.
O parlamentar que tentou servir a dois senhores – sendo ministro de Temer e estando na base do governo Flávio Dino (PCdoB) – busca um culpado pela sua contra-indicação ao Ministério do Trabalho.
Detalhe: ele está como vice-líder de Temer desde o início do governo, sem nunca ter sido importunado por isso.

Sem ambiente
Para observadores mais atentos da cena política, não será fácil a convivência de Pedro Fernandes no PTB.
O partido vem sofrendo revezes na base do governo Temer desde que ele, já indicado para o ministério – foi ao Palácio dos Leões posar ao lado de Flávio Dino.
Desde então, o PTB chamou a atenção dos holofotes da mídia nacional, atingindo, inclusive, a filha do seu presidente nacional, o ex-deputado Roberto Jefferson.

Juventude
O PSDB maranhense deve fortalecer a sua ala de jovens candidatos a deputado não apenas com o vice-prefeito de Caxias, Paulo Marinho Júnior.
Também deve ser candidato pelo ninho tucano o advogado Guilherme Paz, filho da deputada Graça Paz e do ex-deputado Clodomir Paz.
Guilherme tem sido presença constante nas viagens e eventos do senador Roberto Rocha no interior maranhense.

Já está lá
Uma curiosa decisão da Justiça maranhense se deu ontem, envolvendo o assassino-serial Jonathan de Sousa.
O juiz da Central de Inquéritos de São Luís, Flávio Roberto Ribeiro Soares, decretou sua prisão preventiva pela morte do também criminoso Alan Kardec Dias Mota.
Decisão sem efeito prático, uma vez que Jonathan já cumpre pena de 25 anos de reclusão pelo assassinato do jornalista Décio Sá.

Facções
O episódio envolvendo Jonathan de Sousa e o chefe do Bonde dos 40 expôs uma farsa vendida há dois anos pelo governo Flávio Dino.
A propaganda comunista vende midiaticamente a pacificação de Pedrinhas, mas não diz como o processo se dá internamente no complexo.
Uma das causas é a divisão dos presos em facções, com cada uma dominando a sua parte do presídio, numa espécie de acordo entre criminosos, com a anuência da Sejap.

DE OLHO

R$ 3,9 milhões era o total de pobres no Maranhão, em 2016, em pleno governo Flávio Dino, um aumento de 312 mil pessoas no total dos que vivem na linha da “pobreza extrema”

E MAIS

• Uma curiosidade: Jonathan de Sousa passou a ser jurado de morte em Pedrinhas logo que os supostos mandantes da morte do jornalista Décio Sá deixaram a cadeia.

• É pouco provável que o prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo, aceite o convite de Carlos Brandão para se filiar no PRB, partido hoje na base do governo Flávio Dino.

• Os bastidores dos partidos políticos estão em ebulição pela iminência de troca-troca nesses meses que separam o prazo final para filiação de quem vai disputar as eleições.

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