Tensão

Conselho da ONU impõe novas sanções sobre Coreia do Norte

Medidas foram aprovadas por unanimidade. Resolução proíbe quase 90% das exportações de produtos de petróleo refinado para o país e exige repatriação de norte-coreanos trabalhando no exterior dentro de 24 meses, entre outros itens

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, durante votação do Conselho de Segurança
A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, durante votação do Conselho de Segurança (A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, durante votação do Conselho de Segurança)

NOVA YORK - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas impôs unanimemente na sexta-feira,22, novas sanções sobre a Coreia do Norte após seu mais recente teste de míssil balístico intercontinental, em uma ação que analistas disseram poder ter um impacto significativo sobre a conturbada economia do país isolado.

A resolução busca proibir quase 90 por cento de exportações de produtos de petróleo refinado para a Coreia do Norte ao limitá-las a 500 mil barris ao ano e, no que diplomatas disseram ter sido uma mudança de último minuto, exige a repatriação de norte-coreanos trabalhando no exterior dentro de 24 meses, ao invés dos 12 meses propostos inicialmente.

A resolução elaborada pelos Estados Unidos também irá limitar fornecimento de petróleo para a Coreia do Norte em 4 milhões de barris ao ano. Os EUA tem pedido para a China limitar seu fornecimento de petróleo para o país vizinho e aliado.

A resolução foi aprovada por 15 votos a 0, disse o embaixador do Japão na ONU. O Japão mantém a presidência do Conselho de Segurança neste mês.

A Coreia do Norte disse em 29 de novembro ter testado com sucesso um novo míssil balístico intercontinental em um “avanço” que coloca solo dos EUA dentro do alcance de suas armas nucleares.

“Isto (a resolução) envia a mensagem inequívoca para Pyongyang de que maiores desafios irão provocar maiores punições e isolamento”, disse a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, após a votação.

Tensões tem crescido sobre os programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte, que o país busca em desafio a anos de resoluções do Conselho de Segurança da ONU, com retórica belicosa sendo feita tanto por Pyongyang quanto pela Casa Branca.

Em novembro, a Coreia do Norte pediu por uma pausa do que chamou de “sanções brutais”, dizendo que uma rodada anterior imposta após seu sexto e mais poderoso teste nuclear em 3 de setembro constituía genocídio.

Diplomatas dos EUA deixaram claro que estão buscando uma solução diplomática, mas propuseram novas e mais intensas sanções para aumentar pressão sobre o líder norte-coreano, Kim Jong Un.

Ameaça

A Coreia do Norte regularmente ameaça destruir a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão, e diz que seus programas bélicos são necessários para conter agressão norte-americana. Os EUA possuem 28.500 soldados posicionados na Coreia do Sul, em um legado da Guerra da Coreia, de 1950 a 1953.

Na sexta-feira, 22, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte chamou a recém-lançada estratégia de segurança nacional do presidente Donald Trump de política norte-americana mais recente para “sufocar nosso país e transformar a península coreana inteira” em um posto avançado de hegemonia norte-americana.

Ele disse que Trump busca “total subordinação do mundo inteiro”.

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