Violência

Explosivo é detonado em estação de metrô e ônibus em Nova York

Um suspeito, identificado como Akayed Ullah, de 27 anos, foi detido; bombeiros informam que há quatro feridos, mas sem risco grave; o prefeito da cidade, Bill de Blasio, disse que foi uma "tentativa de ataque terrorista" que não deu certo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Polícia e bombeiros bloqueiam ruas próximas ao terminal de ônibus da Port Authority
Polícia e bombeiros bloqueiam ruas próximas ao terminal de ônibus da Port Authority (Polícia e bombeiros bloqueiam ruas próximas ao terminal de ônibus da Port Authority)

NOVA YORK - Um artefato explosivo foi detonado em uma estação de metrô e ônibus no centro de Manhattan, em Nova York, por volta de 7h30 (no horário local) de ontem. Um suspeito, identificado como Akayed Ullah, de 27 anos, foi detido. Ferido, ele foi levado ao hospital.

O prefeito da cidade, Bill de Blasio, disse que foi uma "tentativa de ataque terrorista" que não deu certo. Os bombeiros informaram que o suspeito tem queimaduras e lacerações, e que outras três pessoas têm ferimentos leves.

A explosão ocorreu na estação que fica no cruzamento da Rua 42 com a 8ª Avenida, por onde passam três linhas de metrô e está também o terminal de ônibus da Port Authority. O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, informou que o artefato é de "baixa tecnologia" -- trata-se de uma bomba caseira que o suspeito tinha amarrada a seu corpo com velcro e zíperes.

Ullah, que agiu sozinho, foi identificado pela imprensa americana como natural de Bangladesh. Segundo a agência Associated Press, policiais disseram que o suspeito teria inspiração nos radicais do Estado Islâmico, mas não tinha contato com o grupo terrorista.

A CNN e a CBS News afirmaram que ele teria dito a autoridades que agiu em reação às ações de Israel em Gaza. Na quarta-feira,6, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que reconhece Jerusalém como capital de Israel. Tal reconhecimento é considerado polêmico, uma vez que os palestinos querem Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado e a comunidade internacional não reconhece a reivindicação israelense sobre a cidade como um todo.

O suspeito, que vive nos EUA desde 2011 e tem status legal de residência permanente, teve uma licença para dirigir táxis e limusines de aluguel entre os anos de 2012 e 2015. Segundo informações da agência Reuters, ele não tinha histórico criminal e visitou Bangladesh pela última vez em setembro. De acordo com o inspetor geral da polícia local, as informações foram emitidas com base no número de passaporte de Ullah.

Por precaução, as linhas A, C e E do metrô tiveram o itinerário alterado, passando a não parar na estação onde ocorreu o incidente. As ruas do entorno foram bloqueadas e o esquadrão antibombas foi acionado. Após algumas horas, os serviços de transporte foram restabelecidos.

Andre Rodriguez, de 62 anos, disse ao "New York Times" que ouviu a explosão pouco antes das 7h30 quando entrava no metrô. "Estava passando pela catraca. Parecia uma explosão, e todos começaram a correr", contou.

Já Alicja Wlodkowski, de 51 anos, disse que estava em um restaurante dentro do complexo da estação quando de repente viu uma multidão de pessoas correndo. "Uma mulher caiu, e ninguém parou para ajudá-la porque estava uma loucura", disse. "Então diminuiu. Eu fiquei de pé, observando e com medo", relatou.

Solidariedade

Os prefeitos de Paris e Londres, duas cidades que já foram alvos de ataques terroristas, expressaram solidariedade a Nova York em mensagens ao prefeito Bill de Blasio.

Anne Hidalgo, prefeita de Paris, disse que "Nova York sempre esteve ao nosso lado a cada vez que fomos alvo de ataques e ameaças e Paris também está ao lado de Nova York". Ela também afirmou que "quando algo assim acontece em uma de nossas cidades, todos ficamos em alerta".

Sadik Khan, prefeito de Londres, usou o Twitter para enviar sua mensagem. Ele escreveu que "Londres está com Nova York contra o terrorismo hoje e sempre. Aqueles que buscam nos ferir, destruir nosso modo de vida e atacar os valores que compartilhamos nunca serão bem sucedidos".

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