Consumidores em atraso

Três em cada 10 consumidores possuem contas em atraso

Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra ainda que 32% dos consumidores que irão às compras no Natal estão com nome “sujo” no momento

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Fotospúblicas
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Três em cada 10 consumidores (34%) que têm intenção de presentear este ano possuem contas em atraso atualmente e 32% estão com o nome ‘sujo’ no momento, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
O levantamento mostra ainda que 16% costumam gastar mais do que podem nas compras do Natal, 7% pretendem deixar de pagar alguma conta para poder comprar presentes, 5% para conseguir participar das comemorações de Natal e 6% das comemorações de ano novo.
Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o parcelamento pode ser um aliado na hora das compras, mas também um grande impulsionador do descontrole financeiro. Cerca de 52% costumam dividir as compras de Natal em várias prestações, principalmente para que tenham condições de comprar todos os presentes (22%).
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, ressalta a importância de resistir aos excessos de consumo e, ao mesmo tempo, ficar atento ao parcelamento. “Dividir as compras pode ser uma boa alternativa, desde que sejam respeitados os limites do orçamento doméstico. De nada adianta parcelar se a prestação vai comprometer o pagamento de outras despesas importantes no dia a dia”.
Segundo a pesquisa, 18% dos que vão presentear este ano ficaram com o nome ‘sujo’ por causa das dívidas pendentes com as compras de fim de ano de 2016, sendo que 11% ainda estão negativados e 6% já limparam o nome. Entre os que souberam informar, o valor médio das dívidas responsáveis pela negativação é foi de R$ 961,00.
“É compreensível o apelo ao consumo durante o Natal, mas a pessoa deve gastar de acordo com sua realidade financeira. Se há dívidas a pagar, assumir novos compromissos poderá piorar ainda mais este quadro. O ideal é restringir os gastos e equacionar as contas em atraso em primeiro lugar”, alerta Vignoli. “Também vale a pena planejar-se antes de sair de casa, avaliando o orçamento disponível para os presentes, elaborando uma lista com as pessoas a serem presenteadas e evitando que a empolgação do momento interfira nas decisões financeiras”, recomenda o educador financeiro.

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Metodologia

As entrevistas se dividiram em duas partes. Inicialmente ouviu-se 1.632 consumidores nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 600 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de no máximo 2,4 e 4,0 pontos percentuais, respectivamente.
A uma margem de confiança de 95%.

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