Orcrim comunista

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34

A ação desencadeada ontem pela Polícia Federal no Maranhão exibe, de forma cristalina, como o estado passou a viver a partir da ideia de mudança implantada pelo governo comunista de Flávio Dino, em 2015.
A PF revelou que uma quadrilha formada por auxiliares do governo estadual roubou cerca de R$ 18 milhões da Secretaria de Saúde - valor que pode ser ainda maior.
Flávio Dino assumiu o governo em 2015 pregando a mudança em todos os aspectos no Maranhão. O que se viu até hoje, mais de dois anos depois, foram sucessivos escândalos de corrupção envolvendo, sobretudo, a pasta da Saúde, que, até 2014, era exemplo de excelência no atendimento e eficiência na prestação de serviços.
Pior: a mesma secretaria que deveria ser responsável pela fiscalização dos atos do governo - a pasta da Transparência, comandada por Rodrigo Lago - serviu, nestes dois anos, para produzir relatórios contra adversários, usando setores do Ministério Público e do próprio Judiciário para perseguições desenfreadas.
A data de ontem marcou o dia em que o mundo soube que o governo comunista no Maranhão era palco de desvios milionários de recursos que deveriam servir aos doentes no estado. Fatos atestados pela Polícia Federal.

Chefona
Defenestrada em condições obscuras da Secretaria de Saúde logo no início do governo comunista, a pedetista Rosângela Curado continuou operando livremente.
Ela foi o principal elemento preso ontem, na operação que desbaratou uma quadrilha que roubou R$ 18 milhões da Saúde.
Ela certamente tem informações que podem abalar as estruturas do governo.

Sorveteiro
Duas imagens de Flávio Dino atingiram ontem os top trends das principais redes sociais, como as mais acessadas no estado.
São duas fotos em que o comunista aparece tomando sorvete, no Reviver, e chupando picolé, no interior.
Faziam referência ao fato de que, dentre as empresas que desviaram milhões da Saúde na gestão comunista estava uma sorveteria.

De Flávio Dino
Os delegados que atuaram na operação que desbaratou a quadrilha que roubou R$ 18 milhões da Saúde fizeram questão de delimitar o espaço de tempo de atuação da Orcrim.
Segundo eles, os crimes começaram em 2015, exatamente no início do governo Flávio Dino, e seguiram por 2016 e 2017.
- São crimes iniciados em 2015, que nada têm a ver com as operações anteriores na pasta - afirmaram os delegados.

Nenhum piu
Sempre falastrão nas redes sociais, o líder governista Rogério Cafeteira (PSB) preferiu silenciar, ontem, diante da corrupção revelada no governo.
A base governista na Assembleia Legislativa também tratou de “capar o gato”, evitando maiores debates sobre a Orcrim Comunista da Saúde.
Cafeteira é uma espécie de guardião do secretário Rodrigo Lago, que deveria evitar e não evitou a roubalheira na Saúde comunista.

Outros crimes
O escândalo da quadrilha comunista na Saúde é só a ponta do iceberg de uma corrupção ainda maior no governo Flávio Dino.
A Polícia Federal já investiga o derramamento desenfreado de dinheiro em empresas vinculadas aos agiotas Gláucio Alencar e Eduardo DP.
Gláucio responde como mandante do assassinato do jornalista Décio Sá; DP foi preso diversas vezes por lavagem de dinheiro e desvios de recursos públicos.

Justiça
A segunda Câmara Criminal do TJMA, por unanimidade, e de acordo com o parecer do Ministério Público, excluiu a ex-governadora Roseana Sarney Murad no caso de supostas irregularidades na Sefaz.
Os desembargadores entenderam que o promotor de Justiça, Paulo Roberto, autor da denúncia, cometeu notório abuso ao colocar Roseana no polo passivo da ação penal.
Para a defesa da ex-governadora, a Justiça foi resgatada pelo TJMA nesse caso.

DE OLHO

R$ 18 milhões usados para pagar funcionários fantasmas davam para contratar 720 profissionais da Saúde com salários de R$ 5 mil por cinco meses no Maranhão

E MAIS

• Os delegados fizeram as contas e constataram que, para cada fantasma nomeado na saúde pelo governo comunista, um profissional da área ficara sem emprego.

• Além dos fraudadores da Saúde, a corrupção comunista envolve empresas vinculadas à Secretaria de Segurança e de Infraestrutura.

• Justificativa do supersecretário Márcio Jerry sobre a Orcrim comunista: “O governo não contratou sorveteria; se existe isso, a responsabilidade é das empresas”.

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