Reciclagem

Catadores dão vida nova a descartes da Rua Grande

Na via de comércio popular, o que as lojas descartam serve para compor a renda desses profissionais, que trabalham no local principalmente à noite

Catherine Leite / O Estado do MA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35

SÃO LUÍS - Papelão, plástico, garrafas pet, papel branco, além de revistas e jornais, são os principais materiais recolhidos durante a noite, nas vias de São Luís, especialmente na Rua Grande, na região central da capital maranhense. Na via de comércio popular, o que é descartado pelas lojas acaba compondo a renda dos catadores. A maioria trabalha desde a tarde, mas é à noite que a demanda se concentra.

Mesmo com as lojas fechadas, a movimentação continua. As vendas, também. Os catadores são procurados por pessoas em busca de materiais para reciclar. O lucro é pouco, mas garante rendimento para muitas famílias.

Francisco Câmara, catador na área central de São Luís, ressalta que em muitos casos, seu trabalho é realizado sob condições precárias e que para conseguir retirar algum lucro das vendas dos papelões que recolhe, com 1 quilo sendo vendido a R$ 0,12, é preciso começar o recolhimento a partir das 13h, a fim de juntar uma quantidade considerável para a venda.

“Recolho uma grande quantidade de papelão todos os dias. Eu trabalhava com ferragens, mas devido à crise me vi obrigado a recorrer a outro meio de sobrevivência. Cato plástico, papel e papelão, mas o que é mais fácil para eu conseguir é o papelão, que vendo todas as noites para ganhar R$ 30 ou R$ 40”, afirma.

Grande parte do material recolhido por Francisco e por outros catadores é levado por um caminhão contratado pela Fábrica Rio São João, instalada no município de Paço do Lumiar, que conduz em média 800kg de papelão por noite até a empresa. No local, é feita a prensagem. Em seguida, o material é destinado estados como Ceará e Bahia.

Inclusão
A inclusão de catadores na cadeia produtiva da reciclagem está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei 12.305, de 2010. Entre as diversas medidas previstas, estão a reciclagem de resíduos sólidos e a disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, com o fim dos lixões em todo o território nacional.

A PNRS determina que essas medidas sejam acompanhadas da emancipação econômica dos catadores, devendo o poder público facilitar a implementação de infraestrutura para cooperativas e associações. l

Papelão, plástico, garrafas pet, papel branco, além de revistas e jornais, são os principais materiais recolhidos durante a noite, nas vias de São Luís, especialmente na Rua Grande, na região central da capital maranhense. Na via de comércio popular, o que é descartado pelas lojas acaba compondo a renda dos catadores. A maioria trabalha desde a tarde, mas é à noite que a demanda se concentra.

Mesmo com as lojas fechadas, a movimentação continua. As vendas, também. Os catadores são procurados por pessoas em busca de materiais para reciclar. O lucro é pouco, mas garante rendimento para muitas famílias.
Francisco Câmara, catador na área central de São Luís, ressalta que em muitos casos, seu trabalho é realizado sob condições precárias e que para conseguir retirar algum lucro das vendas dos papelões que recolhe, com 1 quilo sendo vendido a R$ 0,12, é preciso começar o recolhimento a partir das 13h, a fim de juntar uma quantidade considerável para a venda.

“Recolho uma grande quantidade de papelão todos os dias. Eu trabalhava com ferragens, mas devido à crise me vi obrigado a recorrer a outro meio de sobrevivência. Cato plástico, papel e papelão, mas o que é mais fácil para eu conseguir é o papelão, que vendo todas as noites para ganhar R$ 30 ou R$ 40”, afirma.

Grande parte do material recolhido por Francisco e por outros catadores é levado por um caminhão contratado pela Fábrica Rio São João, instalada no município de Paço do Lumiar, que conduz em média 800kg de papelão por noite até a empresa. No local, é feita a prensagem. Em seguida, o material é destinado estados como Ceará e Bahia.

Inclusão
A inclusão de catadores na cadeia produtiva da reciclagem está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei 12.305, de 2010. Entre as diversas medidas previstas, estão a reciclagem de resíduos sólidos e a disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, com o fim dos lixões em todo o território nacional.

A PNRS determina que essas medidas sejam acompanhadas da emancipação econômica dos catadores, devendo o poder público facilitar a implementação de infraestrutura para cooperativas e associações.

Saiba Mais

Sobre a cadeia produtiva

A atividade profissional é reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego desde 2002 e, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), contribui para o aumento da vida útil dos aterros sanitários e
a diminuição da demanda por recursos naturais, na medida em que abastece as indústrias recicladoras para reinserção dos resíduos em suas ou em outras cadeias produtivas, em substituição ao uso de matérias-primas virgens.

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