Servidores Públicos

Começa audiência para discutir alterações em fundo de previdência de servidores estaduais

Servidores públicos discutirão dois projetos de lei do governo de Flávio Dino que fazem alterações em fundos referentes a previdência social dos funcionários públicos

Carla Lima/Subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Eduardo Braide aponta prejuízos aos servidores públicos em propostas enviadas pelo governo de Flávio Dino
Eduardo Braide aponta prejuízos aos servidores públicos em propostas enviadas pelo governo de Flávio Dino (Eduardo Braide)

Teve início na tarde desta terça-feira, 29, a audiência pública na Assembleia Legislativa para tratar sobre dois projetos do Governo do Estado. As propostas têm relação com a criação do Instituto de Previdência do Maranhão (IPREV), que passará a gerir o FEPA, e alterações no FUNBEN. Os órgãos tratam diretamente de direitos e benefícios a servidores estaduais.

O autor da proposta é o deputado estadual Eduardo Braide (PMN), que garante haver problemas nos projetos já que retira a participação de servidores nas tomadas de decisões tanto do provável IPREV que será criado e também do futuro FUNBEM.

“O mais grave, é que os projetos dispõem que as decisões dos conselhos serão tomadas somente com a presença de, no mínimo, cinco membros. Ou seja, as decisões sempre serão do Governo e nunca dos servidores”.

Segundo Braide, é necessário que os servidores sejam ouvidos sobre as alterações previstas nas proposições.

“Já estive reunido com o Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo e pudemos constatar, por exemplo, a falta de paridade na composição dos conselhos administrativos do FEPA e FUNBEN”, disse Braide.

Outra crítica que será levantada pelo parlamentar é sobre a criação de cargos comissionados que estão previstos nas propostas. De acordo com Braide, a criação de mais cargos vai de encontro com o que diz o governador Flávio Dino (PCdoB), que reclama de falta de recursos para investimentos.

Devolução – Outra questão que também ainda deverá ser tratada na audiência desta tarde na Assembleia Legislativa será a retirada de R$ 29 milhões do FEPA para a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra).

O parlamentar diz que o ato de Flávio Dino é ilegal porque é contra as regras estabelecidas pelo Ministério da Previdência Social.

“No decreto publicado no Diário Oficial do dia 7 de agosto, o governador retirou R$ 29 milhões do FEPA para repassar à pasta de Infraestrutura. Isso é desconhecer as regras do Ministério da Previdência Social ou achar que está acima de qualquer regra. O próprio Ministério é claro ao estabelecer que o orçamento de regimes próprios de previdência social não poderá ser remanejado para custear outras despesas. Ou seja, deve ser aplicado exclusivamente ao pagamento dos benefícios previdenciários”, explicou o deputado.

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