Tensão

Kim Jong-un ordena maior produção de míssil intercontinental, diz agência

Ditador da Coreia do Norte manda produzir mais motores de foguete e de ogivas de mísseis balísticos, segundo agência estatal

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Kim Jong-un comemora o lançamento de míssel intercontinental
Kim Jong-un comemora o lançamento de míssel intercontinental ( Kim Jong-un comemora o lançamento de míssel intercontinental)

PYONGYANG - A agência estatal da Coreia do Norte afirmou ontem que o ditador do país, Kim Jong-un, ordenou maior produção de motores de foguete e de ogivas de mísseis balísticos intercontinentais.

Em julho, a Coreia do Norte realizou testes de mísseis intercontinentais que colocaram o programa de armamentos de Pyongyang em um novo patamar pelo fato de, em tese, o projétil ter capacidade de atingir os Estados Unidos.

O texto da agência de notícias KCNA sobre uma visita de Kim a um instituto químico, foi publicado pouco depois de que o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, pareceu se mostrar aberto à paz, elogiando o que chamou de recente contenção mostrada pela Coreia do Norte.

Kim inspecionou o Instituto de Material Químico da Academia de Ciências da Defesa, que desenvolve os mísseis da Coreia do Norte, disse a agência."Ele instruiu o instituto a produzir mais motores de foguete e ogivas", afirmou a KNCA.

Apesar de anunciar a expansão dos programas nuclear e de mísseis norte-americano, a reportagem da KCNA não teve as tradicionais e robustas ameaças contra os Estados Unidos. Na terça,22, o presidente norte-americano, Donald Trump, expressou otimismo sobre uma possível melhora nas relações entre os dois países.

"Eu respeito o fato de que ele está começando a nos respeitar", disse Trump sobre Kim em um evento em Phoenix, no Arizona. "E talvez –provavelmente não, mas talvez– algo positivo possa sair disso".

Novas sanções

Na terça,22, os EUA anunciaram sanções contra dez organizações e seis indivíduos russos e chineses, que estariam ligados ao desenvolvimento do programa nuclear da Coreia do Norte.

A decisão visa o congelamento de bens no país norte-americano das pessoas e entidades acusadas de envolvimento com o programa norte-coreano, e as proíbem de fazer negócios com os cidadãos dos EUA.

"O Departamento do Tesouro continuará aumentando sua pressão sobre a Coreia do Norte, apontando para aqueles que apoiam o desenvolvimento dos programas nucleares e balísticos e isolando-os do sistema financeiro americano", disse em comunicado o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin.

"É inaceitável que indivíduos e companhias na China, Rússia e outras partes ajudem a Coreia do Norte a gerar rendas usadas para desenvolver armas de destruição em massa e desestabilizar a região", afirmou Mnuchin.

A China reagiu com irritação, dizendo que Washington deve "corrigir imediatamente seu erro" de impor sanções unilaterais sobre companhias e indivíduos chineses para evitar prejudicar a cooperação bilateral.

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