Editorial

Não há mais espaço para desculpas

O cidadão quer do poder público é mais trabalho em prol da comunidade

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37

Nos últimos três dias, a cidade de São Luís foi castigada por fortes chuvas, cujo volume, segundo informações do Laboratório de Meteorologia do Núcleo Geoambiental (Nugeo) da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), corresponde a mais da metade do total previsto para o mês.
O Nugeo afirma que as ocorrências de temporal nesta época do ano está dentro da normalidade climática, configurando-se como período de transição entre a estação chuvosa e a estação seca. O problema é que esse fenômeno da natureza traz muitos transtornos à população, como alagamentos, queda de árvores e de energia elétrica, entre outros.
Um aspecto a ser considerado é que as chuvas, quando ocorrem, são apresentadas como desculpa pelo poder público para o andamento de obras, especialmente quando se trata de recuperação e asfaltamento de ruas e avenidas.
Mas, antes desses últimos dias de chuva, a cidade vinha sofrendo com temperaturas elevadas, do sol “escaldante”. Um clima propício para a Prefeitura de São Luís realizar obras de recapeamento asfáltico tão reivindicadas pela população.
Trafegar de veículo pela cidade é um problema, pois grande parte dos bairros têm ruas e avenidas esburacadas. Um exemplo é a avenida que dá acesso aos condomínios residenciais Parque Athenas, próximo ao Cohajap. Em toda a sua extensão existem buracos há meses e nada de uma intervenção da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp). O mesmo acontece na Avenida Odylo Costa, filho, no Parque Universitário, e nas demais regiões de São Luís.
Sem falar quando o recapeamento é malfeito e prejudica ainda mais o tráfego. Na Avenida dos Franceses, quase em frente à agência do Bando do Brasil, a Prefeitura recuperou trecho que havia afundado, mas não foi um bom serviço, pois há uma ondulação no local, impactando na fluidez do trânsito, quando não causa prejuízo aos motoristas por conta de problemas noa amortecedores dos veículos.
Não muito distante dali, na subida de quem vem da ponte do Ipase no sentido Alemanha, num cruzamento, o asfalto cedeu. A Prefeitura foi acionada e o serviço, realizado. Mas foi tão mal executado que era melhor deixar como estava. Um buraco enorme toma conta praticamente de toda a via e acaba por piorar ainda mais os constantes congestionamentos naquela área no horário de pico.
Será que ninguém da Semosp fiscaliza as obras, cobra das empresas responsáveis mais qualidade no serviço? Ao que parece não. E com as chuvas dos últimos dias, a situação só se agravou. Mas, o poder público fecha os olhos, faz de conta que não pé com ele.
Essas ilustrações configuram uma realidade que é vista por toda a cidade e que em muitas situações o cidadão que paga imposto, cansado de esperar pelo poder público, acaba por reunir a comunidade para resolver o problema.
Não há mais espaço para desculpas da chuva ou outras quaisquer. O cidadão quer do poder público é mais trabalho em prol da comunidade, que seus direitos sejam respeitados e os recursos públicos, devidamente aplicados.

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