Medidas

EUA impõem sanções a aliados da Coreia do Norte por programa nuclear

De acordo com o Departamento do Tesouro americano, nove empresas e instituições governamentais foram atingidas por apoiarem a programa nuclear do governo norte-coreano

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38

WASHINGTON - Os Estados Unidos impuseram sanções a nove empresas e instituições governamentais por apoiarem o programa nuclear da Coreia do Norte, informou ontem o Departamento do Tesouro americano.

Por meio de sanções que impedem transações com empresas e indivíduos americanos e congelam bens, Washington vem tentando cortar fundos e suprimentos para o desenvolvimento de mísseis por Pyongyang.

Entre os alvos de ontem está a companhia russa Ardis-Bearings Llc., sediada em Moscou, e seu diretor, Igor Aleksandrovich Michurin, por agirem como fornecedor de uma empresa norte-coreana ligada ao programa nuclear.

Outra firma russa, Independent Petroleum, e uma subsidiária sofreram sanções por assinar um contrato para fornecimento de petróleo para a Coreia do Norte, segundo o governo do presidente Donald Trump.

O Departamento do Tesouro também impôs sanções a um conglomerado norte-coreano que extrai zinco; ao Centro de Computação da Coreia, órgão do regime que obtém moeda estrangeira com trabalhos de programação de softwares em países como Alemanha, China, Síria e Índia; e a um agente da inteligência norte-coreana suspeito de espionar uma entidade da ONU na Europa.

Japão

Também ontem, a Marinha e a Força Aérea do Japão iniciaram um exercício militar de três dias com dois porta-aviões americanos na região da península Coreana, aumentando a pressão sobre a Coreia do Norte.

A Força Marítima de Autodefesa do Japão enviou duas embarcações, inclusive um de seus quatro porta-helicópteros, o Hyuga, para as manobras com os porta-aviões americanos USS Ronald Reagan e USS Carl Vinson, e seus oito navios de escolta, disseram os militares japoneses.

Caças F-15 da Força Aérea de Autodefesa do Japão estão participando de um combate simulado com caças F-18 da Marinha dos EUA ao mesmo tempo. "É a primeira vez que nos exercitamos com dois porta-aviões. É um grande exercício para nós", disse o porta-voz militar do Japão.

Os EUA enviaram os navios de guerra à região após um aumento na tensão na península, decorrente do temor de que a Coreia do Norte esteja prestes a realizar seu sexto teste nuclear ou outro teste de seu esforço para desenvolver um míssil balístico intercontinental capaz de atingir os EUA.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, prometeu trabalhar com outros países para conter Pyongyang, que na segunda-feira,30, realizou um teste de míssil balístico de curto alcance.

O projétil alcançou uma altitude de 120 quilômetros antes de cair em águas internacionais do mar do Japão, mas dentro da zona econômica exclusiva japonesa, onde Tóquio tem jurisdição sobre a prospecção e a exploração de recursos marítimos.

Os norte-coreanos vêm conduzindo testes em um ritmo inédito e já são capazes de alvejar qualquer parte do Japão com mísseis, o que faz o país temer ser eventualmente ameaçado por um ataque nuclear do Norte.

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