Vitória

Emmanuel Macron vence as eleições na França

Marine Le Pen reconheceu derrota. agradeceu votos recebidos e diz que seu partido obteve resultado histório; projeções mostram ampla vantagem do candidato sobre a sua rival

Agência Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Emmanuel Macron saiu às ruas para comemorar logo que as pesquisas apontaram a sua vitória
Emmanuel Macron saiu às ruas para comemorar logo que as pesquisas apontaram a sua vitória (Emmanuel Macron vence as eleições na França)

PARIS - O candidato centrista Emmanuel Macron venceu, ontem, o segundo turno das eleições presidenciais da França com vantagem de 30 pontos percentuais sobre sua adversária, a líder da extrema direita Marine Le Pen, segundo as primeiras projeções dos institutos de pesquisa do país, após o fechamento das urnas, às 15 horas de ontem.
De acordo com as estimativas de votos válidos divulgadas pela imprensa francesa, Macron teria obtido 65% dos votos contra 35% de Le Pen, com uma participação de 75%, um dos índices mais baixos da história das eleições no país.

Os resultados de Macron, melhores do que as pesquisas tinham previsto nas duas semanas entre o primeiro e o segundo turno, oscilam entre 65,1%, segundo o Instituto Ipsos, e os 65,9% projetados pelo Instituto Elabe, segundo a emissora BFMTV.

Outras pesquisas, como a realizada pelo Instituto Sofres para a TF1 também colocavam o centrista no limite de conseguir o apoio de dois terços dos eleitores franceses.
A participação, que estaria entre 74% e 75%, é a mais baixa registrada no segundo turno das eleições presidenciais na França desde 1969, quando Georges Pompidou foi eleito

Perfil
O centrista de 39 anos surgiu já no primeiro turno como candidato que poderia derrotar Le Pen em um segundo turno. Teve o apoio dos seus ex-adversários, do ex-presidente Nicolas Sarkozy e do atual François Hollande.
Filho de médicos que atuam na saúde pública, ele nasceu em Amiens, no norte da França. Trabalhou em um banco de finanças e se engajou na campanha de François Hollande em 2012. Tornou-se secretário-adjunto e, então, o ministro da Economia do governo Hollande.

É de sua autoria o projeto de lei que pretende impulsionar a economia francesa por meio de medidas como ampliação do trabalho dominical e da modificação das condições do exercício de várias profissões liberais, como os tabeliães e os oficiais auxiliares de Justiça. A “Lei Macron”, como ficou conhecida, foi implementada por decreto e provocou protestos até de integrantes do Partido Socialista. Foi a primeira vez desde 2006 que o governo driblou o Legislativo para impor uma lei.

O candidato quer reduzir o imposto que incide sobre as empresas (de 33,3% para 25%) para tornar o país mais competitivo e reduzir as despesas públicas progressivamente até atingir o nível recomendado pela União Europeia. Ele propõe alterar a cobrança do imposto sobre grandes fortunas - visto como bandeira da esquerda - e exonerar 80% dos lares franceses do imposto sobre moradia. Macron tem ainda uma proposta de mudança no seguro desemprego: os desempregados teriam que passar por uma avaliação de competência e seriam obrigados a aceitar uma vaga de trabalho quando recebessem uma segunda oferta.

Le Pen
A candidata derrotada Marie Le Pen discursou poucos minutos após o encerramento do pleito. Ela disse que ligou para felicitar o candidato vencedor e agradeceu os votos que recebeu. Considerou ainda que seu partido, a Frente Nacional, conquistou um resultado histórico nas urnas.

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