Depósito de patente

UFMA busca parceria internacional para produção de inseticida

Produto, que tem aplicação na área da indústria química, pode ser utilizado para eliminar, de forma natural, insetos como o Aedes aegypti

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Pesquisadores da UFMA: transferência de tecnologia após a parceria
Pesquisadores da UFMA: transferência de tecnologia após a parceria (ufma)

SÃO LUÍS - A Universidade Federal do Maranhão realizou o terceiro depósito de patente internacional. Desta vez de um inseticida feito com base nas folhas do Nim (Azadiractha indica A. Juss), planta natural da Índia que funciona como repelente. O produto, que tem aplicação na área da indústria química, pode ser utilizado para eliminar, de forma natural, insetos como o Aedes aegypti, em suas diferentes fases de desenvolvimento, visando à erradicação de doenças como dengue, chikungunya e zika. Segundo pesquisadores, o inseticida é de baixo custo e não traz efeito tóxico ao homem.

Com o título "Inseticida Natural", o produto foi depositado em abril deste ano, nos Estados Unidos, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), por meio do Edital Patentes de 2016, que disponibilizava recurso para depósitos internacionais. A preocupação dos pesquisadores agora é transferir essa tecnologia, que pode ser feita em parceria com indústrias capazes de criar linhas de produção para o mercado.

A pesquisadora Adriana Leandro Câmara, uma das inventoras do inseticida, compartilha a expectativa dos colegas. "Nosso sonho é que o produto seja comercializado no mercado nacional e internacional. É um inseticida natural, bastante acessível e que não faz mal ao homem".

“Quando realizamos um depósito nacional, ele só pode ser comercializado no Brasil. A partir do momento em que você faz um depósito internacional, há possibilidade de esse produto ser comercializado nos Estados Unidos, por exemplo. Além disso, ele apressa o processo. Se no Brasil existe uma demora de dez anos para a concessão, nos Estados Unidos esse tempo se reduz a dois anos”, explicou pró-reitor de pesquisa, pós-graduação e inovação, Fernando Carvalho.

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