O deputado federal e pré-candidato a senador José Reinaldo Tavares oficializou ontem, por meio de um artigo divulgado nas redes, sua saída do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
No texto, ele diz que escolheu deixar a legenda porque os seus líderes resolveram fechar questão contra as reformas Trabalhista e da Previdência. Reinaldo, por outro lado, é a favor das duas, o que acabou criando-lhe embaraços na legenda.
O tema chegou a ser assunto de mini-editorial da coluna Estado Maior, quando se apontou que o ex-governador era uma um “socialista à direita”, justamente por votar contra - não apenas nas reformas, como em outros temas de maior repercussão – sempre de acordo com alas mais conservadoras da Câmara.
“Eu estou saindo do PSB exatamente porque [o partido] resolveu fechar questão contra as reformas trabalhista e previdenciária sem ouvir as bancadas da Câmara e do Senado”, justificou ele.
No artigo, o parlamentar defendeu sua posição pró-reformas. “Eu e a grande maioria dos deputados não tiramos direitos de nenhum trabalhador. Nenhum, e desafio aos palpiteiros de plantão, que apontem um sequer. E isso é fácil de provar. [...] As leis trabalhistas datam de 1943, estamos em 2017 o mundo mudou, o trabalho mudou, o que fizemos foi apenas uma atualização da legislação adaptando-a aos novos tempos e destravando a insegurança jurídica que fazia as empresas evitar contratar trabalhadores como provam milhões de processos na justiça do trabalho que assustavam os empregadores. Quem ganhou foram os trabalhadores”, destacou.
Ao comentar a saída do agora ex-colega de partido, o senador Roberto Rocha (PSB), destacou que Zé Reinaldo e todos os outros filiados ao PSB que votaram a favor das refomas foram pressionados a deixar a sigla.
“Os deputados que votaram a favor da reforma, contra decisão do partido, foram retaliados. Ou saem, ou serão expulsos”, destacou.
Destino - O destino de José divide-se entre o PSDB e o DEM. Um encontro na semana passada com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin – um dos líderes do PSDB nacional -, ainda mantém viva a expectativa de que que este pode ser o próximo partido do parlamentar.
Por outro lado, a proximidade do DEM com o governo Flávio Dino (PCdoB) e o fato de José Reinaldo não ter rompido com o governo estadual – mas apenas ter assumido uma postura divergente da direção do PSB – podem ser indicativos que o Democratas pode ser a nova casa do ex-governador.
Um anúncio definitivo pode ocorrer no próximo domingo, 7, quando o agora ex-socialista lançará oficialmente sua pré-candidatura ao Senado, em evento organizado pelo prefeito de Tuntum, Cleomar Tema (PSB).
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