Codinome: Cuba

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39

Um dos documentos que constam dos vários inquéritos abertos no âmbito da Lava Jato pode ser a senha para a identificação do governador Flávio Dino (PCdoB) na planilha de pagamentos da Odebrecht.
Numa tabela aparece a inscrição “Cuba” ao lado da sigla “MA” e do número “200”.
Os dados coincidem com as informações prestadas pelo ex-funcionário da empreiteira, José de Carvalho Filho. Segundo ele, o comunista, então deputado federal pelo Maranhão, recebeu R$ 200 mil de ajuda para a campanha eleitoral de 2010.
O dinheiro foi pago, disse o delator, em forma de caixa dois para que o comunista defendesse interesses da empreiteira em Cuba, ao relatar um projeto de lei. A Odebrecht, à época, trabalhava na construção do porto de Mariel.
Outro dado que corrobora a versão do homem que acusa Dino de corrupção é uma tabela de preços da empreiteira.
Segundo a Folha de S. Paulo, a Odebrecht tabelava os pagamentos de acordo com o cargo de cada político - ou o cargo que ele almejava. Na disputa de 2014, por exemplo, um aspirante a deputado estadual podia receber em média, R$ 30 mil da empreiteira. A deputado federal, R$ 50 mil. Candidatos a governador ganhavam entre R$ 100 mil e R$ 200 mil.
Dino foi candidato a governador por duas vezes. Nas duas, revelou José de Carvalho Filho, recebeu R$ 200 mil da empresa.

Sem contradição
Não há, como tentam fazer parecer os comunistas, qualquer contradição na delação de José Filho, ex-Odebrecht, em relação ao governador Flávio Dino.
Nas redes sociais, aliados do Palácio dos Leões espalham vídeo editado dando a entender que o delator deu duas versões sobre valor e forma de pagamento. Não procede.
Filho foi claro ao afirmar que a empresa pagou R$ 200 mil de caixa dois em 2010 e R$ 200 mil, de forma oficial, em 2014. Quem juntou tudo num valor só foi a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Permanece
A vereadora de Caxias Aureamélia Soares (PCdoB), cassada há duas semanas por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2016, permanecerá no cargo até o julgamento final do caso.
A decisão é do juiz eleitoral Daniel Blume, do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA).
Sem julgar o mérito do caso, ele atribuiu efeito suspensivo a um recurso da comunista contra a decisão de primeiro grau que lhe tirou o mandato.

Execução
O vereador Miguel Soares (PCdoB), também conhecido como “Miguel Gogó”, foi morto a tiros na noite de sábado, 15, no município de Santa Rita.
Ele tinha 53 anos e era vereador da cidade de Anajatuba, distante a 130 km da capital.
O crime ocorreu por volta das 20h30, no povoado Outeiro dos Pires. O comunista foi executado por dois homens, ainda não identificados, que estavam em uma motocicleta.

Objetivo
A nomeação de Ulisses Sousa para a PGE no governo José Reinaldo tinha um objetivo claro: o pagamento de R$ 43 milhões à empreiteira, em troca de propina.
É o que se depreende do conteúdo das delações de Raymundo Santos e João Pacífico, ambos ex-funcionários da Odebrecht.
O advogado assumiu o posto em fevereiro de 2006, garantiu a celebração de um acordo entre o Estado e a Odebrecht em setembro daquele ano e deixou a Procuradoria em outubro.

Livrou
Os depoimentos dos dois delatores, por outro lado, são positivos para o ex-governador José Reinaldo (PSB).
Ambos disseram aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato não poder afirmar que o socialista tinha conhecimento do pedido de propina a Ulisses Sousa.
Embora também acreditem que o ex-procurador só possa ter resolvido as questões que prometera resolver com o consentimento do ex-governador.

Mea culpa
O médico, jornalista e advogado João Bentivi fez no fim de semana uma espécie de mea culpa em relação ao grupo Sarney.
Depois de citação do governador Flávio Dino (PCdoB) na Lava Jato e da ausência de sarneysistas na lista do ministro Fachin, ele comentou o assunto.
- O sarneisismo político, ainda que eu quisesse apedrejar, mostra-se ilibado pelas mãos do Fachin e não precisa de explicação -, disse.

Desequilíbrio
Um policial militar deu demonstrações de total desequilíbrio numa festa durante o fim de semana.
Expulso de um bar no Centro Histórico após ofender homossexuais, ele pegou uma arma no carro e atirou na direção da festa.
Felizmente, ninguém foi atingido e o militar foi preso após ser denunciado numa delegacia próxima ao estabelecimento.

E MAIS

• Não há previsão de conclusão da licitação para a instalação de novos fotossensores nas principais avenidas de São Luís.

• A oposição deve voltar do feriado com as baterias recarregadas para o embate com o governo após a delação envolvendo Flávio Dino.

• A oposição deve voltar do feriado com as baterias recarregadas para o embate com o governo após a delação envolvendo Flávio Dino.

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