Manifestação

Oposição da Venezuela realiza hoje novo protesto contra Maduro

Na terça-feira, protesto terminou com 18 pessoas presas e mais de 40 feridos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39

Caracas - Líderes da oposição venezuelana anunciaram uma nova rodada de manifestações contra o presidente do país, Nicolás Maduro, para hoje, apesar do caos e da violência em Caracas, na terça-feira,4, em protesto que terminou com 18 pessoas presas e mais de 40 feridos.

Parlamentares da oposição venezuelana se reuniram desde a madrugada desta quarta-feira, alguns ainda com ferimentos de protestos, para pedir a demissão de juízes do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) a quem acusam de apoiar uma ditadura.

A oposição, que ganhou o controle da Assembleia Nacional no final de 2015, acusa Maduro de destruir a economia da nação-membro da Opep e esmagar a democracia.

O drama político está acontecendo no contexto de uma profunda crise econômica, com venezuelanos enfrentando o quarto ano de recessão, escassez generalizada de alimentos básicos e medicamentos, a pior inflação do mundo e longas filas em lojas.

Confrontos

Impedidos de chegar à Assembleia Nacional na terça-feira, os parlamentares se dirigiram ao edifício no centro de Caracas ao amanhecer de ontem, alguns com feridas na cabeça ou braços enfaixados após os confrontos dos últimos dias.

"Esses ferimentos não são nada", disse Juan Requesens, que recebeu mais de 50 pontos depois de ter sido atingido por uma pedra quando os defensores do governo confrontaram manifestantes no início desta semana.

"Continuaremos lutando pela mudança, opondo-nos à repressão e à ditadura, pela Venezuela e pelos venezuelanos. Exigimos eleições imediatas", acrescentou.

O grupo de direitos Fórum Penal disse que 18 pessoas ainda estão atrás das grades nesta quarta-feira depois de uma onda de detenções em todo o país, mas principalmente em Caracas. Pelo menos 20 pessoas ficaram feridas na terça-feira, disse o presidente do Fórum Penal à Reuters, Alfredo Romero.

O chefe da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Anistia Internacional condenaram a Venezuela por uso de repressão excessiva.

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