Seap na berlinda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40

Não bastasse a denúncia contra o ex-secretário adjunto de Inovação da Secretaria de Administração Penitenciária Danilo dos Santos Silva - e sua prisão pela Polícia Federal na última terça-feira, 21 -, essa pasta do governo Flávio Dino encontra-se na berlinda por um motivo complicado: a denúncia de fraude em um seletivo para agente penitenciário, que já chegou às barras da Justiça.
Mais de 100 agentes questionaram o concurso, que quis reprová-los por causa de uma redação sem tema, o que não estava previsto no edital. Alguns ganharam o direito individual de fazer a etapa física. O governo comunista, no entanto, tem-se recusado a cumprir determinação judicial que manda reenquadrar a maioria dos reprovados nas etapas seguintes do certame, mesmo diante de multa diária de R$ 1,5 mil.
O concurso foi realizado em dezembro. Dos inscritos, mais de 100 foram reprovados por causa da tal redação. Ao ser denunciada, a empresa responsável pelo concurso informou que já havia recorrigido as provas, induzindo a Justiça a erro. Ocorre que os candidatos apresentaram documento da própria empresa, recusando-se a recorrigir a prova.
Foi o bastante para que o Tribunal de Justiça determinasse a inclusão dos candidatos no TAF. A partir daí, no entanto, foi a própria Secretaria de Administração Penitenciária quem resolveu bater o pé e recusar-se a fazer os exames. O resultado é a multa diária de R$ 1,5 mil.
Os candidatos, que foram à Assembleia pedir ajuda dos parlamentares, denunciam a Seap por se recusar a incluí-los nas etapas porque está usando o concurso para enxertar parentes e indicados dos diretores da pasta. E esta nova denúncia deve ser apurada pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia.

Muda o foco
O governador Flávio Dino (PCdoB) tem evitado comentar a suspeita do MPF e da Polícia Federal de corrupção no Sistema Penitenciário do Maranhão.
Investigação da PF no bojo da Operação Turing identificou a movimentação de R$ 37 milhões por servidores da Seap, que teriam fraudado licitações e desviado recursos federais.
Danilo dos Santos Silva, ex-secretário adjunto da Seap, segue preso pela PF na capital.

Mantido preso
Aparenta ser bem maior do que parece o escândalo envolvendo o ex-adjunto da Secretaria de administração Penitenciária, Danilo dos Santos Silva.
Ele e blogueiros foram presos na terça-feira, mas todos foram soltos após os depoimentos, menos o ex-auxiliar do governo.
Além de permanecer na cadeia, Danilo Silva teve negado um pedido formal de soltura interposto por seus advogados.

De volta
O deputado estadual Edivaldo Holanda Braga (PTC), pai do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), retornou ontem à Assembleia Legislativa.
O parlamentar estava afastado desde o início dos trabalhos da Casa para tratamento de saúde.
No seu retorno, os parlamentares interromperam a sessão para uma homenagem ao colega.

Segundo ato
Ao lado do ministro Sarney Filho, o senador Roberto Rocha (PSB) espera hoje pelo menos uma centena de prefeitos para debater a situação dos rios maranhenses.
É o segundo evento político protagonizado pelo parlamentar em menos de um mês.
Há duas semanas, Rocha reuniu prefeitos, além de deputados federais e estaduais, em um evento na Assembleia.

Boicote
De olho nas reuniões do senador socialista - em São Luís e no interior -, o Palácio dos Leões tem atuado para esvaziar essas agendas.
No evento da Assembleia, por exemplo, tentou impedir prefeitos de irem à Casa, além de não mandar nenhum representante do governo.
O governador Flávio Dino já tem Roberto Rocha como um adversário nas eleições de 2018.

Abuso
O secretário de Indústria e Comércio do Governo do Estado tem usado a estrutura da pasta para patrocinar eventos no interior do estado.
Em todos os banners e cartazes de vaquejadas, rodeios, shows e festas nos municípios ele exige a inscrição “Simplício Araújo 2018”.
A sanha propagandista do secretário pode resultar numa eventual cassação de sua eventual candidatura, por abuso do poder econômico.

Carnavalescos
Durante o Carnaval, seguindo o exemplo de Araújo, os secretários Márcio Jerry (Comunicação) e Clayton Noleto (Sinfra) também usaram eventos para divulgar seus nomes.
Flagrado em um dos cartazes de bailes patrocinados pelo governo, Jerry recuou e mandou tirar sua marca das peças publicitárias.
Noleto, no entanto, deu de ombros para as denúncias e seguiu firme e forte, usando o governo para promoção pessoal.

E MAIS

• Acossado por um processo de cassação durante todo o primeiro mandato - só agora encerrado -, o vereador Beto Castro já ensaia candidatura a deputado estadual.

• O tucano Neto Evangelista evitou entrar na polêmica da cizânia no PSDB em sua recente participação no programa de TV do partido.

• Danilo dos Santos Silva é o terceiro auxiliar demitido do governo Flávio Dino sob suspeita de corrupção.

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