No Maranhão

TJMA promove audiência sobre infância e juventude em Cururupu

O evento, que ocorreu na sexta-feira, discutiu o combate à violação de direitos de crianças e adolescentes da região litorânea ocidental do Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Desembargador José de Ribamar Castro, fala na abertura da audiência
Desembargador José de Ribamar Castro, fala na abertura da audiência (audiência Cururupu)

Centenas de estudantes, professores, representantes da sociedade civil, autoridades e membros da comunidade de Cururupu e comarcas vizinhas participaram, na sexta-feira, 17, de audiência pública promovida pela Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), com o objetivo de discutir o combate à violação de direitos de crianças e adolescentes da região litorânea ocidental do estado.

Com a participação da Banda Musical Liberalino Miranda, a audiência pública foi aberta pelo presidente da Coordenadoria da Infância e Juventude, desembargador José de Ribamar Castro, e pelo juiz titular de Cururupu, Douglas Lima da Guia. Também participaram da solenidade o juiz da Comarca de Bacuri, Tadeu de Melo Alves; os promotores de Justiça Francisco de Assis Silva Filho (Cururupu) e Ariano Tércio Aguiar (Cedral); o delegado de Polícia Civil local, Diego Duarte de Lemos; a prefeita de Cururupu, Rosária de Fátima Chaves; e os presidentes das Câmaras, Ebenilson de Jesus (Cururupu) e João Batista Reis (Serrano do Maranhão).

A consultora da Plataforma Centros Urbanos, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef/MA), Lissandra Leite, apresentou dados sobre a infância no Brasil, Maranhão e municípios da região, referentes à maternidade na adolescência, trabalho infantil, mortalidade infantil, sub-registro, abandono do ensino, entre outros.

A consultora contextualizou historicamente o tratamento dedicado à infância e juventude no Brasil - matéria que recebeu atenção prioritária com a Constituição Federal de 1988 e com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de 1990, que determinam ao Estado e à sociedade a proteção integral e garantia de direitos, como vida, saúde, liberdade, educação, lazer e cultura às crianças e adolescentes.

O técnico da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedes), Glécio Sandro Leite, tratou dos atos infracionais praticados por adolescentes e das medidas socioeducativas aplicadas. Ele frisou o papel do Poder Público, na construção de políticas que ofereçam condições dignas e ajudem a evitar que jovens e crianças cometam esses tipos de atos. “Cabe, também, aos adultos e professores orientarem os jovens, para que sigam por caminhos de sucesso na vida”, observou.



Violência
O juiz Douglas Lima da Guia ressaltou a importância da discussão para a comarca de Cururupu e região, diante da inquietude causada pelo alto índice de violência sexual contra crianças e adolescentes, principalmente o estupro de vulneráveis, chamando os poderes e a comunidade para trabalharem, de forma integrada, no combate a essa realidade. “Peço a todos que tirem do papel suas ideias e iniciativas, para que tenhamos jovens conscientes de seus direitos e que estes sejam garantidos”, observou.

Estudantes e professores presentes à audiência pediram às autoridades que busquem o objetivo coletivo de priorizar os direitos das crianças e adolescentes. O estudante Lucas Marcário Oliveira, de 13 anos, cobrou dos vereadores e da prefeita a efetividade das discussões da audiência, com a implementação de políticas de combate ao uso de drogas pelos jovens da comunidade, e a melhoria do sistema de educação do município e dos materiais didáticos. “Esperamos que as medidas discutidas, aqui, não sejam esquecidas e que as autoridades tomem atitudes em benefício dos nossos direitos”, ressaltou.

Também compareceram os vereadores e procuradores do município, conselheiros tutelares e profissionais de assistência social.

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