Mudanças

Donald Trump assina novo decreto anti-imigração

O presidente dos EUA assinou ontem o texto, que traz como principal mudança a retirada do Iraque da lista das nações vetadas; ficam proibidos de entrar no país, por 90 dias a partir de 16 de março, cidadãos de Síria, Líbia, Irã, Iêmen, Somália e Sudão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Trump assinou ontem nova ordem migratória, que entrará em vigor no dia 16 deste mês
Trump assinou ontem nova ordem migratória, que entrará em vigor no dia 16 deste mês (Trump assinou ontem nova ordem migratória, que entrará em vigor no dia 16 deste mês)

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ontem a versão revisada de seu polêmico veto migratório a refugiados e cidadãos de países de maioria muçulmana. Estão proibidos de entrar nos EUA, temporariamente, os cidadãos do Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.

Após a Justiça barrar o decreto de 27 de janeiro, o governo Trump fez mudanças na nova versão do texto. Os cidadãos do Iraque e de países afetados que possuam residência permanente nos Estados Unidos ou que já estejam em posse de um visto poderão entrar no país.

Principais mudanças do decreto revisado: o Iraque sai da lista de países cujos cidadãos ficam temporariamente impedidos de entrar nos EUA; os refugiados sírios deixam de ser automaticamente impedidos de entrar nos EUA. A eles passam a ser aplicar os mesmos critérios que aos solicitantes de refúgio de outros países.

A nova ordem entrará em vigor no dia 16 de março. O Iraque, que estava entre os países barrados na primeira versão do decreto, foi retirado da lista. "O Iraque já não está na lista", afirmou a assessora Kellyanne Conway, ontem, antes de Trump assinar o novo decreto.

De acordo com a agência Efe, o presidente americano decidiu excluir os cidadãos do Iraque de seu novo decreto migratório porque o governo iraquiano se comprometeu a colaborar na investigação sobre seus cidadãos, segundo explicaram altos funcionários americanos.

O governo do Iraque pretende melhorar os padrões de documentação de seus cidadãos que viajam aos EUA, e a executar no "tempo oportuno" os processos de repatriação de seus cidadãos com ordens de deportação nos Estados Unidos.

O veto para concessão de vistos para os cidadãos destes seis países terá duração de 90 dias, enquanto o programa para admissão de refugiados foi suspenso por 120 dias.

De acordo com as autoridades americanas, o decreto tem como objetivo reforçar os procedimentos de segurança e assegurar que as pessoas que pedem asilo não sejam uma ameaça para os americanos.

Na versão anterior, bloqueada nos tribunais, era proibida de maneira indefinida a entrada de refugiados sírios nos Estados Unidos, mas desta vez o governo não os menciona de maneira específica e os inclui com o resto de refugiados.

O secretário americano de Estado, Rex Tillerson, afirmou nesta segunda-feira (6) que o decreto migratório assinado pelo presidente Donald Trump é vital para fortalecer a segurança nacional dos Estados Unidos.

"A ordem executiva assinada pelo presidente para proteger a nação da entrada de terroristas estrangeiros é uma medida vital para fortalecer nossa segurança nacional", afirmou o chefe da diplomacia americana.

Disputa na Justiça

Em seu primeiro veto migratório, Trump havia proibido a entrada nos EUA dos cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Iraque, Irã, Somália, Iêmen, Líbia, Síria e Sudão) durante 90 dias, e suspendia o programa de acolhimento de refugiados durante 120 dias, enquanto no caso dos refugiados sírios, essa suspensão era indefinida.

Após uma semana de caos e confusão durante a qual o governo já tinha introduzido algumas modificações, um juiz federal suspendeu o veto de forma temporária para estudar sua constitucionalidade, uma decisão que depois foi mantida por um tribunal de apelações ao qual Trump tinha recorrido.

Investigação

Ainda nesta segunda-feira (6), o FBI (polícia federal americana) divulgou que está investigando 300 pessoas que foram admitidas no país como refugiadas para evitar ações terroristas envolvendo o Estado Islâmico ou indivíduos inspirados pelo grupo.

O Departamentos de Segurança Interna não forneceu detalhes sobre as investigações ou sobre o status migratório atual desses 300 indivíduos durante uma reunião com funcionários do Congresso, segundo fontes que pediram anonimato.

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