Proibido

Anvisa proíbe venda, consumo e distribuição de Noz da Índia e Chapéu de Napoleão no Brasil

Decisão veio após relatos de mortes depois do consumo destes produtos; Maranhão tem caso com suspeita

OESTADOMA.COM

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Noz da Índia foi recolhida de prateleiras em São Luís após relato de morte
Noz da Índia foi recolhida de prateleiras em São Luís após relato de morte (Noz)

SÃO LUÍS – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, a comercialização, a distribuição e a importação de Noz da Índia (Aleurites moluccanus) e do Chapéu de Napoleão (Thevetia peruviana) como insumos em medicamentos e alimentos e em quaisquer formas de apresentação. Essa decisão veio após alguns casos de morte no país, inclusive em São Luís, com o falecimento de uma funcionária do Tribunal de Justiça do Maranhão, cuja família relaciona o óbito ao consumo de Noz da Índia. Exames que comprovam a morte no Maranhão ainda não foram divulgados.

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Segundo a Anvisa, esses produtos à base dessas plantas são comercializados e divulgados irregularmente com indicações de emagrecimento, por suas propriedades laxativas. No entanto, nunca houve registro na agência. A medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (7), vale para todo o território nacional.

Ainda de acordo com a publicação da Anvisa, as sementes são tóxicas e há relatos de mortes associadas ao seu consumo. De acordo com informações do jornal O Globo, a noz da Índia é nativa da Ásia e tem propriedades laxantes. Já o chapéu de Napoleão, nativo da América do Sul, é uma planta parecida com a Noz da Índia.

Em São Luís, Rachel Cristina Ferreira Araújo, de 54 anos, morreu em janeiro deste ano após ingerir Noz da Índia. A médica Marizélia Ribeiro, que é amiga da família de Rachel e chegou a acompanhá-la no hospital, disse que a vítima começou a ter diarreia, vômito e dores abdominais, justamente após ingerir o produto.

À época, a Superintendência de Vigilância Sanitária do Maranhão (Suvisa) proibiu a venda da Noz da Índia no estado tendo em vista os relatos recentes de pessoas doentes e uma notificação de óbito.

Ainda segundo a Suvisa, o produto, indicado para emagrecimento, não possui comprovação da eficácia e da segurança do seu uso, além de não possuir registro no Ministério da Saúde.

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