Segurança

Alguns países afetados por decreto sobre imigração podem ficar na lista

872 refugiados entrarão nos EUA nesta semana. 721 imigrantes foram impedidos de embarcar para o país nas 72 horas seguintes à ordem de Trump

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41

Estados Unidos - Alguns dos sete países de maioria muçulmana afetados pelo decreto do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre imigração não devem ser retirados da lista no curto prazo, disse ontem o secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, John Kelly.

Na sexta-feira, o novo presidente americano assinou um decreto migratório proibindo a entrada por 90 dias aos Estados Unidos de cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen) a fim de barrar, segundo ele, eventuais "terroristas islâmicos radicais".

Uma divisão do Departamento de Segurança Interna apressou-se em informar companhias aéreas, agentes alfandegários e outros envolvidos em viagens aéreas sobre como implementar o decreto de Trump. O órgão passou a deter imigrantes nos aeroportos dos EUA logo após a assinatura da ordem. Além disso, 721 imigrantes foram impedidos de embarcar para o país nas 72 horas seguintes à ordem de Trump.

"Alguns desses países que estão atualmente na lista podem não ser retirados da lista em breve, se forem países que estão em vários estados de colapso, por exemplo", disse Kelly em entrevista coletiva.

Kelly também afirmou que outros países poderiam ser adicionados à lista se for determinado que "poderiam estreitar seus procedimentos" para assegurar um exame mais seguro.

Na mesma coletiva de imprensa, Kevin McAleenan, comissionário interino da agência de proteção de fronteira dos EUA, disse que 872 refugiados entrarão no país nesta semana. Segundo ele, esses refugiados já estavam prontos para viajar antes de Trump assinar a ordem executiva.

'Pausa temporária'

John Kelly disse que as pessoas dos sete países que têm dupla cidadania serão autorizadas a entrar nos EUA com o passaporte da nação que não tem restrições.

Kelly também reiterou que a decisão tomada pelo presidente não é uma proibição de viagem, mas sim uma "pausa temporária". "Isso não é uma proibição de viagem para os muçulmanos. É uma pausa temporária que nos permite revisar o sistema de exame de refugiados e vistos", ressaltou Kelly. Segundo ele, a medida busca proteger as vidas dos americanos.

No último domingo, Trump disse que a ordem "não é um banimento a muçulmanos”, justificando que há “quase 40 diferentes países que têm maioria muçulmana que não foram afetados por essa ordem”.

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