Isolados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41

Os municípios de Paulo Ramos e Vitorino Freire estão isolados um do outro, com a destruição - provocada pelas chuvas - de uma estrada vicinal que antes atendia à população.
A via ligava os dois municípios e permitia o tráfego de veículos leves e pesados. A destruição, contudo, deu lugar a canoas e balsas, que navegam em trecho de cerca de 20 metros de extensão, onde deveria existir asfalto, sinalização, iluminação pública e infraestrutura.
Pelo menos foi o que prometeu o governador Flávio Dino (PCdoB) na campanha eleitoral de 2014.
Dino afirmou que construiria uma estrada pavimentada para ligar os dois municípios, mas não o fez até então.
No fim do ano passado, logo quando começaram as chuvas, a população de Paulo Ramos cobrou do governador serviço emergencial para conter uma erosão no solo e alagamento na via.
Não houve respostas do Palácio dos Leões.
Resultado: o trecho foi destruído pelas chuvas e o local se transformou numa lagoa, que só permite acesso a pequenas embarcações.
Pedestres, motociclistas e ciclistas só conseguem atravessar o local embarcados em balsas e canoas.
Veículos pesados precisam buscar caminhos alternativos para cumprir suas escalas.
E o impacto é gigantesco, sobretudo na economia, educação e desenvolvimento dos municípios de Paulo Ramos, Marajá do Senna, Arame e Vitorino Freire.

Incômodo
O resultado da audiência de conciliação promovida pela Justiça Estadual entre moradores da Aurora e o Governo incomodou a cúpula do Executivo.
Para o Governo, não houve pressão em momento algum de moradores da Aurora. Não teria existido também recuo do Executivo no caso.
Difícil é explicar o que teria motivado uma audiência na Justiça, principalmente depois da repercussão nacional do escândalo dos “alugueis camaradas”. Pergunta-se: e os muitos protestos, com faixas enlutadas, passeatas e até boneco do governador? Foi tudo “miragem”, “nada existiu”. Brincadeira!

E o calendário?
No último fim de semana, O Estado publicou reportagem especial na edição on-line e mostrou que já se passaram exatos dois anos da promessa de Dino de realizar concurso público para a Saúde.
Em resposta, o Governo do Estado admitiu ter feito apenas seletivo para o setor, com contratos de trabalho de um ano, e afirmou que ainda fará o concurso.
Só não deu prazo e nem especificou o calendário do certame, como instituía que assim fosse feito o Decreto 30.616, de 2 de janeiro de 2015, publicado no Diário Oficial.

Privilégios
Apesar de ter recuado e admitido retirar da Aurora a unidade anexo da Funac, o Governo do Estado acabou, na outra ponta, cedendo mais privilégios a Jean Carlos Oliveira.
Filiado ao PCdoB, o proprietário do imóvel recebeu pelos aluguéis, mais de R$ 170 mil, nos 18 meses que antecederam a ocupação do prédio pelo Governo.
Até dezembro, contudo, vai engordar ainda mais a conta bancária, apesar do flagrante escândalo, já sob a análise do Ministério Público e da Justiça. Um negócio e tanto.

Racha
O governador Flávio Dino (PCdoB) deve comparecer à solenidade oficial de posse dos novos membros da Mesa Diretora da Assembleia e que marca a reabertura dos trabalhos na Casa.
O momento é de turbulência, e nos bastidores os deputados governistas desenham um racha na base, com a divisão do maior bloco da Casa.
A ida de Dino ao Legislativo, além de um gesto político, é uma tentativa de amenizar o trauma e acalmar os ânimos.

Mais crise
O senador Roberto Rocha (PSB) e o governador Flávio Dino (PCdoB) escreveram ontem mais uma página da crise que abala a relação dos ex-aliados.
Rocha utilizou as redes sociais para criticar suposta ida de Dino a um ato político do MST em Fortaleza (CE), contra o governo Michel Temer (PMDB). “Pode uma coisa dessa?”, questionou Rocha.
Marcio Jerry, porta-voz de Flávio, rebateu: “Governador Flávio Dino passou o dia em São Luís, vários compromissos públicos. Teve quem o olhasse em Fortaleza hoje. Sósia?”, pontuou. Dino, apesar de ter confirmado presença, não foi ao evento.

Mais cargos
O governador Flávio Dino (PCdoB) deu poderes à Secretaria de Estado de Governo, comandada por Antônio Nunes, e remanejou cargos de secretarias para a pasta.
Da Secap, comandada por Marcio Jerry (PCdoB), foram remanejados 14 cargos. Outros 73 cargos saíram da Casa Civil.
Antônio Nunes também recebeu ainda 16 cargos da Saúde e outros oito postos de trabalho da Sinfra.

Polêmico
Para quem não lembra, Antônio Nunes comandou o Detran no início da gestão Flávio Dino e foi conduzido para a Secretaria de Governo, após denuncias de favorecimento à empresa BR Construções.
A oposição apontou suposto esquema de Nunes para favorecer a empresa, num contrato de R$ 4,8 milhões, sem licitação.
Em maio de 2015, O Estado mostrou, em reportagem especial, que o Detran havia deixado de informar ao TCE dados das licitações e contratos realizados naquele ano. Depois disso, Nunes deixou o comando do Detran.

E MAIS

• Edivaldo Holanda Júnior gravou vídeo, e publicou nas redes sociais, com explicações sobre os cortes na administração municipal.

• Lideranças políticas defendem o nome de Roseana Sarney para o Governo do Estado.

• Maura Jorge também tem sido lembrada como opção para as elei­ções 2018.

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