Investigação

Inquérito de perseguição e morte em Balsas ainda não foi concluído

Crime já completou 30 dias, sem esclarecimento; uma jovem morreu e outra ficou ferida por policiais militares que faziam operação para prender assaltantes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Kamila Brito foi baleada no braço e sua irmã Karina foi morta a tiros durante a perseguição policial
Kamila Brito foi baleada no braço e sua irmã Karina foi morta a tiros durante a perseguição policial (Irmãs)

A Polícia Civil ainda não concluiu o inquérito que apura o assassinato de Karina Brito Ferreira, de 23 anos. O crime completou um mês ontem, mas as investigações ainda não chegaram a autoria do crime.
Ela foi morta a tiros e a sua irmã, Kamila Brito Ferreira, de 27 anos, foi baleada no braço por policiais militares, durante uma operação realizada no dia 15 de dezembro do ano passado, na cidade de Balsas, com o objetivo de prender assaltantes de banco.

O delegado geral da Polícia Civil, Lawrence Melo, afirmou que esse crime está sendo investigado pela equipe da Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), coordenado pelo superintendente da SHPP, delegado Leonardo Diniz. Ele ainda informou que, no decorrer desse trabalho investigativo, várias testemunhas e militares foram ouvidos, assim como também colhidas e analisadas algumas provas.

Lawrence Melo frisou que na última sexta-feira, 13, o delegado Leonardo Diniz esteve na cidade de Balsas colhendo mais informações sobre o caso e, inclusive, chegou a ter contato com representantes do Poder Judiciário. “O inquérito desse caso, assim que estiver pronto, ou seja, bem argumentado, vai ser entregue à Justiça”, declarou o delegado Geral da Polícia Civil.

Exame
O diretor do Instituto de Criminalística (Icrim), Fábio Castro, informou que o armamento utilizado pelos policiais militares durante operação na cidade de Balsas chegou ao instituto somente no último dia 3.
As armas estão sendo submetidas a exame de comparação balística e o resultado do trabalho pericial está previsto para ficar pronto em 30 dias.

Ele ressaltou que esse tipo de exame deve esclarecer de quais armas partiram os tiros que tiraram a vida de Karina Brito e atingiram o braço da sua irmã, Kamila Brito. O resultado dos exames será encaminhado ao delegado Leonardo Diniz e anexado ao inquérito.

ENTENDA O CASO

As irmãs Kamila e Karina Brito voltavam de um velório no dia 15 de dezembro do ano passado, quando foram confundidas com criminosos que haviam explodido uma agência bancária em Fortaleza dos Nogueira, no dia 13 de dezembro. Iniciou-se, então, a perseguição policial, que resultou em ferimentos em Kamila e a morte de Karina.
Para a Secretaria de Segurança Pública (SSP), as duas irmãs teriam furado uma barreira policial feita por viaturas da Polícia Militar e por isso foram perseguidas.
Kamila Brito afirmou que em nenhum momento furou barreira policial e, durante todo o tempo, foi perseguida por carros sem nenhum tipo de identificação da polícia.
Os policiais envolvidos na operação já estão de volta à atividade, no 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM), sediado em Balsas. No entanto, desenvolvem funções administrativas no interior da unidade.

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