Tremor

Terremoto registrado nesta terça-feira é o maior abalo sísmico da história do Maranhão

Informe do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo deu detalhes do caso registrado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Casas sofreram estragos após o tremor de terra registrado em Belágua
Casas sofreram estragos após o tremor de terra registrado em Belágua (terremoto)

SÃO LUÍS - O tremor que ocorreu nesta terça-feira (3), de magnitude 4.6 na escala Richter, é o maior sismo da história do Maranhão, de acordo com relatório divulgado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP). O caso foi captado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) às 09:43:42, horário local.

O epicentro foi localizado automaticamente pelo sistema integrado da RSBR próximo a cidade de Belágua. Posteriormente,os analistas da USP revisaram os dados relocalizando o epicentro próximo às cidades de Vargem Grande e Presidente Vargas. Como as estações da RSBR estão muito distantes, a margem de erro na localização epicentral é da ordem de +- 20 km.

De acordo com o relatório, este foi o maior sismo registrado no Maranhão, que é uma das regiões do Brasil menos ativa sismicamente. Os maiores tremores anteriores no estado haviam ocorrido em Itapecuru em 1871 (magnitude 4), em Alcântara em 1909 (magnitude 3), e perto de João Lisboa em 1981 (magnitude 3.4). Foi, portanto, um tremor incomum para o Maranhão embora de magnitude normal para o Brasil onde tremores ainda maiores, acima de magnitude 5, ocorrem a cada 5 anos em média.

O tremor foi bem sentido desde São Luís até Teresina, e até em algumas localidades a mais de 200 km de distância do epicentro. Tremores de magnitude 4.6 são normalmente sentidos a distâncias de até 150 a 250 km, compatível com os relatos enviados ao Centro de Sismologia da USP. Não foi relatado até agora nenhum dano, apenas forte vibração na região epicentral. As cidades mais próximas, como Presidente Vargas, Vargem Grande e Albano Franco, estão a mais de 10 km do epicentro.

O relatório diz, ainda, que não é possível prever tremores de terra, nem tampouco saber como os tremores evoluirão. Dezenas de pequenas réplicas (com magnitudes abaixo de 3.0) já ocorreram nesta terça-feira e foram registrados pela estação ROSB (Rosário, MA, a 55 km de distância).

Os estudiosos afirmaram que como o Brasil está no meio de uma placa tectônica, longe de suas bordas, terremotos muito fortes e catastróficos são extremamente raros. Porém, as forças geológicas que movimentam a Placa da América do Sul causam grandes pressões no interior da placa. Essas pressões geológicas, agindo continuamente na crosta terrestre, são uma das principais causas dos sismos no Brasil em geral.

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