Guerra

ONG diz que Turquia matou 165 sírios na fronteira

Entre as vítimas estão 31 menores de idade e 15 mulheres que tentavam fugir da guerra civil síria. Organização pede que União Europeia pressione governo turco para rever sua política de refugiados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43

Turquia - Só este ano pelo menos 165 civis sírios foram mortos pela guarda fronteiriça turca quando tentavam atravessar da Síria para a Turquia, na esperança de fugir da guerra em seu país, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Segundo a ONG, entre os mortos estão pelo menos 31 menores de idade e 15 mulheres. Ainda de acordo com o OSDH, o balanço inclui sete pessoas que foram mortas por disparos dos guardas turcos em três regiões sírias na fronteira com a Turquia.

Além dos ataques a tiros, o OSDH também denunciou que os sírios que tentam chegar à Turquia pela fronteira são agredidos com pedaços de pau, golpes de rifle e com objetos pontiagudos.

Os corpos de três jovens sírios foram encontrados perto da cidade de Al-Darbasiya, no norte da província de Al-Hasaka, após terem sido deixados por guardas turcos nesse local, afirmou o OSDH, que citou fontes médicas e moradores da região. De acordo com essas fontes, os corpos apresentavam sinais de tortura e marcas de objetos pontiagudos.

Refugiados

A fronteira turca foi efetivamente fechada para a maioria dos refugiados desde o primeiro trimestre de 2015, apesar de o governo em Ancara afirmar que ela permanece aberta. Mais de 2 milhões de sírios já vivem na Turquia como refugiados.

O OSDH pediu às autoridades turcas a abertura de corredores seguros para os refugiados sírios, assim como os abertos para os rebeldes sírios. A Turquia é um dos principais apoiadores dos grupos de oposição armados da Síria e permite que alguns passem pelo seu território e operem dentro do país.

Durante vários anos, a fronteira era usada por pessoas que pretendiam se unir a grupos armados, incluindo extremistas, na Síria ou em outras regiões do Oriente Médio.

O OSDH, que tem uma rede de ativistas no terreno, pediu às Nações Unidas e à União Europeia que pressionem o governo turco para que mude sua política em relação aos refugiados que tentam fugir da guerra. Os ativistas exigem que Ancara processe os soldados que atiraram em refugiados.

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