Presidente eleito

800 cientistas pedem a Trump que não ignore mudança climática

Presidente eleito dos Estados Unidos negou durante meses em toda a sua campanha, que o mundo não passa por aquecimento global; grupo de estudiosos também pede a Donald Trump que aumente os investimentos em energia limpa dentro do país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43
(Donald Trump negou durante a sua campanha que o mundo esteja passando por mudanças climáticas )

Legenda/AP

Donald Trump negou em sua campanha que mundo esteja passando por mudanças climáticas

Nova York - Um grupo de 800 cientistas enviou ontem uma carta ao presidente eleito dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, para que esteja consciente dos efeitos da mudança climática e não vire as costas para as ações necessárias para combater esse fenômeno, como anunciou durante sua campanha eleitoral.

A carta, publicada pela revista "Scientific American", sugere que Trump escute os cientistas sobre temas relacionados à mudança climática e que comece a aliviar as preocupações levantadas em relação à sua opinião sobre o assunto.

Apoio

"Trump tem o apoio da maioria das empresas, líderes militares, cientistas, engenheiros e cidadãos para responder às ameaças colocadas pela mudança climática ao reduzir a poluição por carbono e expandir a energia limpa", afirmaram os especialistas.

"Muitas das grandes cidades e estados americanos já se comprometeram a fazê-lo. Pedimos que decida se quer que sua presidência seja marcada pela negação e o desastre, ou pela aceitação e a ação", afirmaram os cientistas.

O grupo também pede ao presidente eleito o aumento dos investimentos em energia limpa dentro do país, que se reduza a poluição por carbono, o investimento em mecanismos para responder a desastres climáticos extremos, e a permanência no acordo climático assinado em Paris.

Trump negou durante meses a realidade da mudança climática e chegou a dizer nas redes sociais que se trata um "engano dos chineses".

Na campanha eleitoral, Trump também se mostrou partidário de "cancelar" os acordos sobre meio ambiente da convenção de Paris realizada em 2015, assinados por mais de 170 países, e afirmou que "retiraria" todos os investimentos dos EUA para as Nações Unidas que tenham a ver com a mudança climática.

Nesta semana, o magnata nova-iorquino se reuniu com o ex-vice-presidente americano Al Gore, um dos principais ativistas de mudança climática, para abordar a situação.

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