Aliança

Premiê do Japão diz querer relação de confiança com Trump

Shinzo Abe deveria encontrar ontem presidente eleito dos Estados Unidos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse ontem que deseja construir uma relação de confiança quando conhecer o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta semana, enfatizando que a aliança mútua está no cerne da diplomacia e da segurança de Tóquio.

Abe, que se programou para se encontrar com Trump ontem em Nova York, deve ser o primeiro líder estrangeiro a fazê-lo desde a eleição do bilionário norte-americano do setor imobiliário no dia 8 de novembro.

A aliança EUA-Japão é "o alicerce da diplomacia e da segurança do Japão. Só quando existe confiança nasce uma aliança", disse Abe aos repórteres antes de partir de Tóquio, relatou a agência de notícias Kyodo.

Mas os detalhes do encontro ainda não estão claros, e a equipe de transição de Trump não respondeu a pedidos de comentários sobre a reunião.

Na quarta-feira, autoridades japonesas disseram não ter decidido quando ou onde em Nova York o encontro ocorreria, quem seria convidado ou, em alguns casos, quem procurar em busca de respostas.

No início desta semana, um assessor de Trump, falando anonimamente, disse que seu chefe irá procurar tranquilizar Abe e outros aliados asiáticos abalados com sua retórica de campanha.

Preocupações

Trump causou preocupações em Tóquio e além com seus comentários sobre a possibilidade de o Japão adquirir armas nucleares e exigências de que aliados paguem mais pela manutenção de forças dos EUA em seu solo ou enfrentem a perspectiva de sua retirada.

"O primeiro-ministro Abe certamente irá falar sobre a importância da aliança EUA-Japão, e essa aliança não é só para o Japão e os Estados Unidos, mas também para toda a região indo-pacífica, assim como para a política mundial", disse um assessor do premiê, Katsuyuki Kawai, à Reuters.

Kawai disse ter conversado com vários conselheiros de Trump e parlamentares desde que chegou a Washington, na segunda-feira, e que lhe foi dito que "não temos que tomar cada palavra que o senhor Trump disse publicamente literalmente".

O conselheiro de Trump disse acreditar que o novo mandatário irá reafirmar "o compromisso norte-americano de estar no (Oceano) Pacífico no longo prazo".

Ele ainda disse que o tema do apoio financeiro do Japão a tropas dos EUA em seu território pode surgir, mas que dificilmente terá destaque.

Alguns diplomatas dizem que, até Trump nomear os postos-chave de seu gabinete, será difícil avaliar suas políticas em questões que vão da mobilização de soldados dos EUA no exterior à agressividade marítima da China na Ásia e a ameaça nuclear da Coreia do Norte.

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