Representantes de movimentos organizadores das ocupações de instituições de ensino de São Luís (contra a PEC 55 que tramita no Senado) estiveram reunidos na tarde e noite de ontem no plenário da sede da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão (OAB). No encontro, estiveram presentes representantes do Governo do Estado. Até o fechamento desta página, não havia definição sobre o encerramento ou não das ocupações.
Na primeira parte da reunião, os responsáveis pelas ocupações justificaram a medida, alegando que esta é a forma mais eficaz de se protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional 55 (que era 241 quando tramitava na Câmara), que prevê uma série de restrições aos gastos públicos. O responsável pela União dos Estudantes Secundaristas do Maranhão (Uesma), Brendo Costa, disse que “o Governo do Estado criminaliza o movimento”. Ele também fez críticas a quem tenta ridicularizar as ocupações.
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Em contrapartida, o secretário estadual de Educação (Seduc), Felipe Camarão, disse que a pasta está, integralmente, aberta para o diálogo e que respeita o direito do protesto. No entanto, até o fim da tarde de ontem, o secretário ainda não garantia o retorno das aulas no Centro Integrado do Rio Anil (Cintra), uma das unidades ocupadas desde a madrugada de terça-feira, 8.
Além do Cintra, outras instituições seguem com ocupações. Uma delas é o campus Universitário Paulo VI, na Universidade Estadual do Maranhão (Uema). De acordo com Ingrid Campelo, integrante do movimento “Ocupa Uema História”, a ocupação deverá prosseguir por tempo indeterminado. “Não há nenhuma chance, neste momento, de deixarmos o local”, disse. Ainda segundo ela, o movimento ocorre de forma pacífica e sem atos de vandalismo. “Há a promoção de debates e outras atividades, em prol da nossa iniciativa, que é a de conscientizar as pessoas sobre este absurdo da PEC”, disse.
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