Mediação

Líderes de ocupações contra a PEC 55 se reúnem em São Luís

Encontro ocorreu na tarde e noite de ontem, no plenário da sede da Ordem dos Advogados do Brasil

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43
Líderes de ocupações estiveram reunidos para discutir situação
Líderes de ocupações estiveram reunidos para discutir situação (Reunião)

Representantes de movimentos organizadores das ocupações de instituições de ensino de São Luís (contra a PEC 55 que tramita no Senado) estiveram reunidos na tarde e noite de ontem no plenário da sede da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão (OAB). No encontro, estiveram presentes representantes do Governo do Estado. Até o fechamento desta página, não havia definição sobre o encerramento ou não das ocupações.

Na primeira parte da reunião, os responsáveis pelas ocupações justificaram a medida, alegando que esta é a forma mais eficaz de se protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional 55 (que era 241 quando tramitava na Câmara), que prevê uma série de restrições aos gastos públicos. O responsável pela União dos Estudantes Secundaristas do Maranhão (Uesma), Brendo Costa, disse que “o Governo do Estado criminaliza o movimento”. Ele também fez críticas a quem tenta ridicularizar as ocupações.

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Em contrapartida, o secretário estadual de Educação (Seduc), Felipe Camarão, disse que a pasta está, integralmente, aberta para o diálogo e que respeita o direito do protesto. No entanto, até o fim da tarde de ontem, o secretário ainda não garantia o retorno das aulas no Centro Integrado do Rio Anil (Cintra), uma das unidades ocupadas desde a madrugada de terça-feira, 8.

Além do Cintra, outras instituições seguem com ocupações. Uma delas é o campus Universitário Paulo VI, na Universidade Estadual do Maranhão (Uema). De acordo com Ingrid Campelo, integrante do movimento “Ocupa Uema História”, a ocupação deverá prosseguir por tempo indeterminado. “Não há nenhuma chance, neste momento, de deixarmos o local”, disse. Ainda segundo ela, o movimento ocorre de forma pacífica e sem atos de vandalismo. “Há a promoção de debates e outras atividades, em prol da nossa iniciativa, que é a de conscientizar as pessoas sobre este absurdo da PEC”, disse.

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